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Cidades

Quadrilha de "Cabeça Branca" volta à mira da PF em nova operação

O narcotraficante usava Mato Grosso do Sul como rota de distribuição de drogas para cidades brasileiras

Guilherme Henri | 22/11/2018 08:17
Policial federal em casa de um dos alvos da operação (Foto: Divulgação/ PF)
Policial federal em casa de um dos alvos da operação (Foto: Divulgação/ PF)

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (22) a “Operação Sem Saída”, nova etapa da ação, que resultou na prisão do narcotraficante Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”. Nesta fase, a estimativa é de que o patrimônio arrecadado será de mais de R$ 100 milhões, considerando que somente em fazenda são mais de 11 mil hectares.

Cabeça Branca é apontado como um dos maiores fornecedores de cocaína para o Brasil. Até com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) ele mantinha negócios para trazer a droga até o Paraguai e depois enviar a cidades brasileiras usando Mato Grosso do Sul como rota e para a Europa. Além disso, Cabeça Branca foi sócio de Jorge Rafaat em MS.

A nova etapa ocorre no Paraná e Mato Grosso. A operação Spectrum está em sua 4ª fase ostensiva, tendo até o momento arrecadado aproximadamente 500 milhões de reais em patrimônio da organização criminosa comandada por “Cabeça Branca”, somente em solo brasileiro. Dentre os bens sequestrados estão 16 fazendas que somadas representam uma área de aproximadamente 40 mil hectares no estado vizinho, Mato Grosso.

Além disso, a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai já identificou e conseguiu encerrar 41 empresas, apreender 42 mil cabeças de gado e o sequestro de 31 fazendas em solo paraguaio.

Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca” (Foto: Divulgação)
Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca” (Foto: Divulgação)

Aproximadamente 100 policiais federais cumprem 18 ordens judiciais em Curitiba no Paraná e em Brasnorte, Tapurah, Juara, Nova Maringá e Cuiabá no Mato Grosso. Deles, 2 mandados são de prisão preventiva, 2 mandados de prisão temporária e 14 mandados de busca e apreensão.

O objetivo é reunir provas dos crimes de lavagem de dinheiro, contra o Sistema Financeiro Nacional, organização criminosa e associação para o tráfico internacional de drogas.

Operação - A denominação Sem Saída é uma alusão ao fato de que todos aqueles que participaram da organização criminosa ou de alguma forma se associaram a Luiz Carlos da Rocha serão identificados e responsabilizados, pois todas as informações levantadas no curso das investigações estão sendo minuciosamente analisadas, não deixando saída para os suspeitos.

Segundo a PF, está é a maior operação da história da Polícia Federal na desarticulação patrimonial de organização criminosa com atuação no tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.
Os presos serão levados à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba onde permanecerão à disposição da Justiça.

“Cabeça Branca” foi preso no dia 1º de julho do ano passado em uma padaria de Sorriso (MT) e atualmente ele está recolhido no presídio federal de Catanduvas (PR), vizinho de cela de “Marcelo Piloto”.

Veja movimentação da operação:

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