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Cidades

Transferência de lutador trava em fim de apuração sobre briga em presídio

Juiz pediu resultado de investigação sobre troca de socos com serial killer antes de tocar processo de permuta

Anahi Zurutuza | 26/12/2018 14:54
Rafael Martinelli durante julgamento, quando foi condenado a 10 anos de prisão (Foto: André Bittar/Arquivo)
Rafael Martinelli durante julgamento, quando foi condenado a 10 anos de prisão (Foto: André Bittar/Arquivo)

Tramitando há um ano e meio, o pedido de transferência de Rafael Martinelli Queiroz, o lutador de 29 anos condenado a dez anos de prisão por matar Paulo Cézar de Oliveira, 49, emperrou agora na conclusão de sindicância aberta para investigar falta cometida pelo preso no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande). Ele está preso na unidade desde abril de 2015, quando cometeu o crime.

Desde junho de 2017, a defesa do lutador tenta levá-lo para terminar de cumprir a pena em unidade penal do interior de São Paulo. Mas, no dia 3 de outubro do ano passado, ele se envolveu em confusão com Luiz Alves Martins Filho, 50 anos, o Nando, conhecido por ser acusado de assassinar 16 pessoas e manter “cemitério particular” em Campo Grande.

Os advogados sugeriram até uma permuta com preso do Estado vizinho, em janeiro deste ano. Em julho, o juiz Caio Márcio de Britto, da 1ª Vara de Execução Penal pediu o resultado da investigação da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), mas só em dezembro deste ano que ofício foi enviado à direção do IPCG pedindo a conclusão da sindicância.

Para tirar o atleta condenado por assassinato do Complexo Penal de Campo Grande, foi utilizado o princípio da “aproximação familiar”.

Crime - O lutador é de Valparaíso (SP) e veio a Campo Grande para participar de um evento de lutas realizado no Círculo Militar. Porém, não competiu no dia 18 de abril de 2015, uma noite de sábado, como era previsto. Ele estava hospedado no Hotel Vale Verde, na avenida Afonso Pena.

Por volta das 22h, o Rafael discutiu com a namorada no quarto 221. Ele bateu na mulher, que, grávida, fugiu amedrontada pelos corredores e pediu socorro na recepção.

Ao sair enfurecido do quarto, o atleta destruiu tudo o que encontrou pela frente, até se deparar com o engenheiro Paulo Cézar que havia acabado de abrir a porta de seu apartamento, o 216, para ver o que estava acontecendo. A vítima, que era de Batatais (SP), foi espancada a cadeiradas.

Briga com o Nando – Nando e Rafael trocaram chutes e socos durante o período de banho de sol do pavilhão II do solário da ala G. Na ocasião, os dois não foram isolados em cela disciplinar devido ao estado de saúde deles. O lutador faz tratamento psiquiátrico. Nando tem problema no trato urinário.

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