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Em Pauta

Nova equipe econômica terá que resgatar credibilidade detonada por Mantega

Mário Sérgio Lorenzetto | 27/11/2014 07:39
Nova equipe econômica terá que resgatar credibilidade detonada por Mantega

As principais tarefas da equipe econômica de Dilma

Com certeza a nova equipe econômica do governo federal tentará recuperar a credibilidade jogada no ralo pelo ministro Mantega. Também trabalhará para evitar que o Brasil perca o "grau de investimento" e pague juros ainda mais altos. A primeira tarefa será dar ares de realidade ao Orçamento Federal. Se a economia crescer 1%, em vez dos 3% que estão colocados ficticiamente no Orçamento, a receita ficará R$17 bilhões abaixo da estimativa.

Uma tarefa considerada dificílima será a de aproximar a inflação da meta de 4,5% ao ano. De 2011 para cá, a inflação sempre esteve muito distante da meta e sempre próxima do teto de 6,5%. Parte da responsabilidade é dos gastos governamentais, que são insensíveis às altas dos juros, que tanto penalizam empresários e consumidores.

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Deputados federais querem aumento de salário

Os parlamentares federais querem aumentar a partir de janeiro seus próprios salários, além dos vencimentos da presidenta Dilma Rousseff; do seu vice Michel Temer; e dos 39 ministros. A proposta em estudo prevê reajuste dos salários dos atuais R$ 26,7 mil para R$ 33,7 mil para Legislativo e Executivo. A elevação tem como base o acumulado dos últimos quatro anos da inflação pelo IPCA, que foi de 26,33%. Os congressistas, além dos salários, têm direito a apartamento funcional ou auxílio-moradia no valor de R$ 3,8 mil e verba indenizatória de até R$ 41 mil. O último aumento ocorreu em dezembro de 2010.

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O avanço quantitativo da educação brasileira

Uma das mais cruciais mudanças atravessadas pelo país é a expansão educacional. Nos últimos 30 anos, houve um aumento contundente do acesso à escola e da média de anos de escolaridade das crianças e adolescentes brasileiros. Em 1976, 77% das crianças

de 10 anos estavam nas escolas; em 2012, essa proporção atingiu 98% e, neste ano, beira os 100%.

Entre os adolescentes de 15 a 18 anos, apenas 46% estavam na escola em 1976. Em 2012, 80% deles estavam frequentando a escola. São muitas as razões para esse avanço, mas os educadores acreditam que a principal é o aumento da escolaridade dos pais. O aumento da escolaridade de uma geração tem efeitos na escolaridade das gerações seguintes, pois pais com maior escolaridade tendem a ter filhos também com maior escolaridade.

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Estradas do crime

O Mato Grosso do Sul é o sexto estado da Federação em pontos de exploração sexual infantil. Neste ano e em 2013, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) descobriu 124 estabelecimentos no MS, que reúnem características que propiciam o crime nas estradas federais. Os estados com mais pontos detectados são Minas Gerais, Bahia e o Paraná. O Mapeamento dos Pontos Vulneráveis à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes nas Rodovias Federais, feito pela PRF, é uma iniciativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

No país, foram registrados 1.969 pontos vulneráveis em 470 municípios. O crescimento chegou a 10%. No nosso estado, em 2011/2012, existiam 95 pontos vulneráveis e, em 2013/2014, chegaram a 124, um crescimento de 30%, acima da média nacional. O problema maior para a polícia é a mudança rápida de endereço desses estabelecimentos, a migração da exploração sexual infantil é o principal problema enfrentado pela PRF.

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A força da "Lampions" Liga

É claro que não existe uma Lampions Liga. Lampions vem de Lampião, o Rei do Cangaço. O que existe é a Copa do Nordeste. Libertadores? Brasileirão? Nada disso. O maior público presente em um estádio brasileiro neste ano (à exceção da Copa do Mundo) foi registrado em abril, quando quase 62 mil pessoas se espremeram na Arena Castelão para ver o pernambucano Sport ganhar do Ceará na final da Copa do Nordeste. Esse

recorde é mais um nas estatísticas de um campeonato em ascensão, ainda que ignorado por torcedores de outras regiões do país.

Com um protocolo que segue à risca o da Liga dos Campeões, com direito a hino oficial e transmissão do sorteio pela TV, a competição ganhou o apelido de "Lampions League" e, em dois anos, tornou-se obrigatória para os clubes nordestinos por questões financeiras - nos próximos seis anos, o campeonato movimentara R$ 100 milhões, três vezes mais do que quando ressurgiu, há dois anos. Quem banca é a Brahma, Caixa Econômica Federal e Pitú.

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Marley Natural será a primeira empresa a vender maconha igual a tabaco

Está no You Tube, a Marley Natural se apresentando para começar a vender seus produtos, derivados da maconha, em 2015, em um belo e bem elaborado clip, obviamente com música de fundo de Bob Marley. A marca é insinuante, tem força junto ao público adepto do uso da droga. Essa empresa diz respeitar as leis que até agora proíbem a comercialização da maconha. Mas, só com os cinco estados norte-americanos (outros dez ainda passarão por plebiscito), Portugal, parte da Espanha, Holanda e Uruguai, já é possível obter bons resultados financeiros. É possível imaginar que todos que tiverem condições mudarão de fornecedor. Sai o traficante da periferia e entra a mega empresa multinacional.

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A informática vem de berço

Cansados da eterna falta de profissionais nas áreas de informática, os ingleses resolveram agir ao invés de se lamuriar (como fazem no Brasil): resolveram preparar os futuros profissionais cada vez mais cedo. Todo aluno entre 5 e 14 anos na Inglaterra, passou a ter aulas obrigatórias de ciência da computação. Até a formatura, espera-se que eles dominem e criem aplicativos em linguagens como Java e Python. E o movimento na Inglaterra não se limita às escolas: diversos produtos, cujo foco é ensinar crianças a programar, vêm ganhando as prateleiras. O exemplo mais vendido é o Kano, um kit para a criança montar seu próprio PC, que custa US$ 149,99. Dentro da caixa estão uma placa-mãe, um cartão SD, um alto-falante e um teclado alaranjado. Uma

vez montado, ele é acoplado à TV e a criança aprende noções básicas de programação para criar ou modificar jogos. No Brasil, continuaremos a ver as crianças assistindo as intermináveis greves e um currículo pra lá de obsoleto em uma escola ultrapassada. Até quando?

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