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Em Pauta

Novo governo estadual se prepara para a prova na Secretaria de Fazenda

Mário Sérgio Lorenzetto | 09/12/2014 16:15
Novo governo estadual se prepara para a prova na Secretaria de Fazenda

O vestibular do novo governo e os seis meses de agonia na Secretaria de Fazenda

No momento, existem muitas especulações a respeito do futuro dos novos governantes do Mato Grosso do Sul. Em geral, surgem posicionamentos com um teor político-partidário com pouco embasamento técnico da realidade que cercará, e cerceará, os sonhos e frustrações de nossa população. É algo semelhante a um vestibular, para o qual o aluno pouco se preparou, que durará em torno de seis meses. Seis meses de agonia com raras boas notícias.

O "resumão", preparatório para esse longo e sofrido vestibular, deve contemplar uma função multitarefas para a nova equipe que se formará na Secretaria de Fazenda. É nessa secretaria que se jogará os destinos das pessoas que estarão comandando o Parque dos Poderes.

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Melhoria salarial será menor no Brasil

Quem afirma é a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Ela prevê tendência de menor crescimento dos salários no Brasil, depois de terem aumentado 29,6% em termos reais entre 2003 e 2013. O crescimento médio dos salários no Brasil foi de

4,1%, em 2012, e caiu para 1,8%, no ano passado, abaixo da média global de 2%. A OIT acredita que continuará baixando. Para a OIT, o impacto dessa tendência no Brasil não é desprezível, considerando que a evolução do salário no nosso país representou 72% da redução das desigualdades observadas na última década. Mas também afirma que " há uma hora em que um governo faz pausa e talvez o aumento não seja no mesmo ritmo de antes".

Mas essa é uma discussão aberta no Brasil. Por um lado, o governo federal determinou um reajuste de 8,8% no salário mínimo, que passará a valer R$ 788, em 2015, mas alguns governadores decidiram por salários maiores - o governador de São Paulo determinou o pagamento de R$ 905; o do Paraná resolveu que os empresários pagarão R$ 948 e o Rio Grande Sul terá, por enquanto, o maior salário mínimo que será de R$1.006. Os novos governantes do Mato Grosso do Sul assumiram compromisso com sindicatos de uma melhoria real ainda a ser determinada.

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Mentira e autoritarismo

Em pesquisa recente entre executivos (mas poderia ser também entre políticos) de empresas, 66% apontaram que o autoritarismo é um dos principais motivos de as pessoas mentirem em seu ambiente de trabalho. Não é difícil perceber que, quanto mais alta a posição de um indivíduo ocupa na hierarquia, mais cercado ele estará de mentirosos.

Na verdade, mesmo sem se dar conta disso, é comum que os chefes criem um ambiente em que há pouco lugar para opiniões contrárias às deles. Cercam-se de "amigos", de puxa-sacos que evitam a verdade a todo instante.

Herança de um sistema autoritário típico das culturas latinas, esse tipo de relação de poder tem efeitos graves, como a centralização do processo de decisões e a impunidade. Há outro dado importante na mesma pesquisa: para 59% dos entrevistados, o mau desempenho das pessoas não é discutido diretamente com elas. Os autoritários gostam de deixar ambíguas certas situações, pois a eles cabe usar, quando quiserem, o poder de príncipe.

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Vem aí a Lei do Refúgio Agrícola

A ideia da área de refúgio é a de plantar milho, soja e algodão transgênicos em uma vasta área cercada por uma pequena plantação desses grãos sem qualquer mudança

genética - os denominados grãos convencionais. O outro conceito é o de não utilizar propositadamente uma parcela de área com o plantio, deixar a terra intacta, mesmo que nela não exista uma floresta. Essa área com plantio de grãos convencionais ou intacta é importante para impedir a mutação de pragas e insetos. Vale lembrar que não existe, e nem existirá, um defensivo que extermine todas as pragas e insetos para sempre, há os indivíduos resistentes aos venenos-defensivos que transmitem sua carga genética aos descendentes que assim retornam ao ataque sobre as plantações. Já há no Brasil, aproximadamente, 20% dos agricultores de milho adotando essa estratégia. Segundo o Ministro da Agricultura, Neri Geller, o governo aprovará uma Instrução Normativa para regulamentar o refúgio de soja, milho e algodão em até seis meses. A Embrapa e centros de pesquisas já vêm realizando estudos e debates com entidades e empresas com o intuito de criar regras nacionais para o refúgio.

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China sinaliza que continuará comprando muita soja

Segundo a consultoria AgResource, o crescimento das vendas de soja pode ser explicado pela intervenção do governo daquele país: "Sabemos que o governo chinês tem feito mudanças em sua política de fixação de preços nos últimos anos (costurada para sustentar os preços no mercado interno e proteger os agricultores chineses e a indústria local de soja como um todo), com novos padrões de pagamentos compensatórios cujos impactos são difíceis de prever", afirma, em nota, a consultoria.

A AgResource estima que a China terá reservas recordes de 14 milhões de toneladas de soja no fim deste ano-safra, mas, mesmo assim, não existem sinais de que o país reduzirá as compras. "Embora estejamos vendo uma desaceleração no PIB chinês, a renda real per capita continua a subir e as taxas de urbanização também, o que provavelmente aumentará o consumo no país".

Mas a consultoria realça que, enquanto evidências apontam para a continuidade de um ritmo forte de importações, perdura o temor sobre uma desaceleração da economia chinesa a longo prazo.

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Segurança no trabalho para o bem da empresa

A conta é simples e não existe “bondade” nela. Garantir segurança para os empregados é algo que os patrões devem fazer para o bem da própria empresa. Esta é

uma questão que envolve qualquer indústria em qualquer lugar do mundo. Um dos grandes motivos da instalação de aparelhos de ar condicionado nas empresas dos Estados Unidos, no início do século passado, tinha como finalidade melhorar o processo de impressão de uma fábrica – apenas na década 1950 que os aparelhos residenciais passaram a ser produzidos em larga escala. Como resultado, o produto impresso ficava melhor e o ambiente de trabalho deixava de ser um forno.

No meio do ano, 75 chineses morreram e outros 185 ficaram feridos em uma explosão de uma fábrica de metais. O culpado da explosão? A poeira. Pequenas partículas de metal são o resultado do processo produtivo e uma nuvem de poeira metálica precisa apenas de uma fagulha para explodir. De acordo com os trabalhadores da fábrica chinesa, o ar estava denso e podia ser visto na pele e na roupa dos empregados.

O desastre na China teve similares em diferentes lugares do mundo. Outras empresas que podem enfrentar este tipo de explosão são as associadas à produção de alimentos, madeira, plásticos e medicamentos. Todos com potencial combustível na forma de partículas no ar. A instalação de mecanismos de segurança adequados para o ambiente de trabalho podem parecer custosos para os empregadores mas eles evitam o comprometimento da própria fábrica. A conta não é bondosa, basta pensar que para melhorar a qualidade dos produtos e garantir que a fábrica continue a produzir de maneira adequada, os trabalhadores precisam também estar em condições de segurança e eles nem sempre aceitam os equipamentos necessários.

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