Os segundos após uma bomba nuclear. O inferno na Terra
A detonação de uma arma nuclear de um megaton começa com um clarão de luz e calor de tamanha grandeza que escapa à compreensão da mente humana. A temperatura de 100 milhões de graus Celsius é quatro vezes superior àquela encontrada no centro do Sol. Na primeira fração de milissegundo após a bomba atingir uma cidade, há luz. A luz suave dos raios X. A luz que aquece o ar ao redor a milhões de graus, criando uma enorme bola de fogo que se expande a milhões de quilômetros por hora.
Tudo explode.
As superfícies de concreto explodem, objetos de metal derretem ou evaporam, pedras se estilhaçam e os seres humanos se transformam instantaneamente em carbono, viram pó. Tudo na área explode, se transformando em poeira superaquecida no instante do clarão inicial. Todas as paredes são pulverizadas. Não sobra nada na bola de fogo. Nada. O ponto zero, onde a bomba caiu, é literalmente zerado. Em todas as direções por vários quilômetros. Até as ossadas enterradas nos cemitérios viram poeira, uma fuligem preta.
O jogo de futebol.
Três segundos se passaram desde a explosão inicial. Há um jogo de futebol acontecendo a quatro quilômetros de distancia. As roupas dos espectadores pegam fogo. Aqueles que não são consumidos pelas chamas instantaneamente sofrem queimaduras de terceiro grau. A camada de pele é arrancada do corpo, expondo a derme sangrenta. Ali, no interior do estádio, algumas pessoa sobrevivem a esse primeiro momento. São aqueles que foram comprar lanches ou que estavam no banheiro - mas todos estão queimados. Queimaduras de terceiro grau.
Vamos incinerar o mundo?
Estamos, mais uma vez, há poucos segundos no relógio do Apocalipse nuclear. Só os parvos acreditam nos lideres dos EUA, Irã e Israel. Os seres humanos criaram as armas nucleares com a desculpa de salvar o mundo do mal. Agora, no século XXI, elas estão prestes a destruir o mundo. A incinerá-lo até não sobrar nada.
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