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Economia

Antes do reajuste de 18%, Capital já tem o 4º IPTU mais caro do País

Luciana Brazil | 04/11/2014 10:37
Campo Grande tem o maior valor do tributo no Estado e um dos mais caros do País (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Campo Grande tem o maior valor do tributo no Estado e um dos mais caros do País (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

O IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) de Campo Grande, atualmente motivo de discussão entre vereadores e Executivo – que discordam sobre índice de reajuste de 18%- , é o quarto mais caro do país, de acordo com levantamento feito pelo Tesouro Nacional. Conforme reportagem publicada ontem (3) no site da Folha de São Paulo, a Capital fica atrás apenas de São Paulo, que aparece em primeiro lugar, Distrito Federal e Rio de Janeiro.

Conforme o ranking das capitais, em Campo Grande o imposto custa R$ 281,00 por habitante. Em São Paulo, o mais caro do país, o valor é de R$ 461,00. Já no levantamento feito por estados, Mato Grosso do Sul mantém o quarto lugar, com índice de R$ 138,8 por habitante.

Os sul-mato-grossenses só ficam atrás dos moradores de São Paulo, com tributação de R$ 273,00, do Distrito Federal, com valor de R$ 188,3, e da população do Rio de Janeiro, onde o IPTU é de R$ 172,2 por habitante. Na quinta e sexta posição estão os estados de Santa Catarina e Paraná, com R$ 115,8 e R$ 102,8, respectivamente. Já Piauí, Amapá e Maranhão aparecem nas últimas três posições.

Cidades do litoral paulista predominam nas primeiras colocações do ranking nacional, elaborado a partir de dados de 5 mil municípios e do Distrito Federal disponíveis nas estatísticas do Tesouro Nacional.

Segundo o levantamento, os moradores da cidade litorânea Ilha Comprida (SP) pagam o maior IPTU médio do país, de R$ 1.687.

Outros quatro municípios litorâneos paulistas estão entre os dez mais taxados pelo imposto no país: Bertioga, Guarujá, Praia Grande e São Sebastião.

A receita do IPTU costuma ser mais cara nas cidades mais ricas e desenvolvidas. No entanto, Campo Grande ocupa a quarta posição, sendo apontada como exceção a regra, de acordo com a reportagem da Folha.

Ainda segundo a matéria, o país arrecada pouco com o imposto, tomando como base os padrões internacionais de tributação do patrimônio.

Com medo de elevar as alíquotas, prefeituras, em especial as mais pobres, preferem depender mais de repasses do Estado e da União.

Discórdia- O índice de reajuste do IPTU para 2015 em Campo Grande está em discussão nos últimos dias. O projeto, que deverá ser entregue hoje (4) na Câmara de Vereadores, não foi unanimidade entre os parlamentares e Executivo.

A segunda reunião realizada na quinta-feira (30), entre a equipe econômica da prefeitura junto aos vereadores, terminou sem acordo. O encontro tentava definir o aumento para o próximo ano, mas não houve unanimidade.

No fim, o projeto foi encerrado com índice de 18%. Agora, o valor deverá ser aprovado pelos vereadores até o fim desta semana (7) para garantir que os boletos para pagamento sejam impressos e cheguem na casa dos contribuintes.

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