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Economia

Em 26 dias, Estado gastou R$ 4,57 milhões em passagens aéreas e diárias

Por dia, são mais de R$ 175 mil conforme relatório de 182 páginas publicadas em Diário Oficial

Por Ângela Kempfer e Guilherme Correa | 15/10/2025 14:29
Em 26 dias, Estado gastou R$ 4,57 milhões em passagens aéreas e diárias
Área de checking do Aeroporto Internacional de Campo Grande (Foto: Arquivo)

Em menos de um mês, o Governo do Estado gastou R$ 2.575.154,30 em diárias e mais R$ 1.997.081,88 em passagens aéreas. Um quadro de 4 a 25 de setembro custou R$ 4.572.236,18,  o equivalente a mais de R$ 175 mil por dia em deslocamentos e hospedagens.

RESUMO

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O Governo de Mato Grosso do Sul desembolsou R$ 4,57 milhões em despesas com viagens entre 4 e 25 de setembro, sendo R$ 2,57 milhões em diárias e R$ 1,99 milhão em passagens aéreas. O montante representa um gasto médio diário superior a R$ 175 mil com deslocamentos e hospedagens. A prestação de contas revela disparidades significativas nos valores pagos por trechos similares. Um exemplo é a rota Campo Grande-São Paulo, que chegou a custar R$ 7.227 para o governo, enquanto o valor de mercado para compras de última hora não ultrapassa R$ 5.000. Destacam-se ainda viagens internacionais para Lyon e Buenos Aires, além de deslocamentos coletivos para eventos em Brasília.

A prestação de contas, publicada em Diário Oficial, indica agendas públicas, passando por deslocamentos em grupo para eventos esportivos e conferências, além de custos de viagens por determinação judicial para tratamentos médicos fora de Mato Grosso do Sul.

A amostra traz, por exemplo, viagem coletiva para Brasília em 20 de setembro de 2025, com 49 pessoas, que custou R$ 82.034,82. Também registra deslocamentos internacionais para Lyon, na França, por R$ 10.456,02 e 3 para Buenos Aires, de R$ 6.390,00, R$ 8.500 e R$ 8.191,00.

As saídas se concentram em rotas que partem de Campo Grande para polos de conexão e de agenda oficial, como São Paulo (SP), Brasília (DF) e Curitiba (PR).

Na lista de grande capitais estão ainda Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS) e Goiânia (GO). Em menor número, entram ainda capitais com perfil turístico e de eventos, a exemplo de Florianópolis (SC), Balneário Camburiu (SC), Salvador (BA) e Fortaleza (CE).

Nos bilhetes mais caros, há sinais de compra em janela de tarifa alta, cenário típico de agendas sem planejamento. Viagens de ida e volta para São Paulo, por exemplo, que normalmente sairia por, no máximo R$ 1.200, nas contas do governo custou quase 6 vezes mais.

Em uma das ocorrências de Campo Grande–São Paulo–Campo Grande, o valor foi R$ 7.227,00. Mesmo que a compra fosse para o dia seguinte, o preço não chegaria a esse patamar. Em uma pesquisa rápida, projetando embarque para amanhã (15) e volta em 3 dias, é possível comprar passagem aérea para São Paulo pela Latam por R$ 5.000 ida e volta.

Na própria tabela do governo os valores variam muito para o mesmo destino. Rumo a Curitiba, por exemplo, o valor pago pelo Estado chegou a R$ 7.972,00, mas também ficou em R$ 1.492,00 ida e volta, 81% mais barato.

O outro lado - Em resposta à reportagem, o Governo de Mato Grosso do Sul informou que 65% das passagens aéreas registradas no período correspondem a deslocamentos de não servidores, o que equivale a pouco mais de R$ 1 milhão.

Segundo o relatório da SAD (Secretaria de Estado de Administração), esses valores se referem principalmente a pacientes e acompanhantes em tratamento de saúde fora do Estado, por meio do FESA (Fundo Especial de Saúde), e também a atletas e equipes técnicas com passagens custeadas pelo FIE (Fundo de Investimentos Esportivos), voltadas à participação em competições nacionais e internacionais.

O governo afirmou ainda que as diárias possuem natureza indenizatória, sendo pagas a servidores que cumprem expediente fora do município de lotação, com autorização e justificativa prévia, para cobrir despesas de alimentação e hospedagem.

Em relação às diárias, o governo afirmou que têm natureza indenizatória, sendo pagas a servidores que cumprem expediente fora do município de lotação, com autorização e justificativa prévia, para cobrir despesas com alimentação e hospedagem.

[ * ] Matéria alterada às 21h46 para acréscimo de conteúdo.

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