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Economia

Mensalidades escolares para 2022 podem subir até 12% em MS

Levantamento apontou que maioria não conseguiu mais segurar alta após pandemia

Adriel Mattos | 23/11/2021 11:58
Cada escola pode definir índice próprio, segundo associação. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)
Cada escola pode definir índice próprio, segundo associação. (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Um levantamento feito pela consultoria Meira Fernandes em Mato Grosso do Sul e outros quatro estados apontou que a maioria das escolas particulares farão reajuste nas mensalidades em 2022. A maioria pretende aumentar de 7% a 10%.

Segundo a Associação das Instituições Particulares de Ensino de Campo Grande, cada escola define seu índice. “Todo ano aumenta. Cada escola define o índice, levando em conta inflação e salários”, disse o presidente da entidade, Lúcio Rodrigues Neto.

Rodrigues Neto dirige o Colégio Status, que terá reajuste de 5,7%. O Campo Grande News levantou em outras escolas quanto será o aumento a partir do próximo ano.

Diretora do Colégio Master, Adelina Spengler, confirmou que o índice será de 9%. “Levamos em conta uma média do IPC (Índice de Preços ao Consumidor). Usamos o bom senso e não seguimos a inflação, porque seria inviável”, pontuou.

A Escola Mundo Mágico, no Bairro Santo Amaro, terá aumento de até 12,8%. A Escola Atual, no Jardim Samambaia, anunciou reajuste de 8,6%.

Já o Instituto Cooperar, na Avenida Gury Marques, vai ter aumento de 11%. A reportagem procurou ainda o Colégio Dom Bosco, que informou ainda não ter definido o índice.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 10,67%, conforme pesquisa divulgada no mês passado.

Levantamento – Ainda conforme a Meira Fernandes, 53% dos diretores consultados disseram que fariam reajuste de 7% a 10%. Outros 16,7% afirmaram que o aumento será de 5% a 7%; 9,1% autorizaram alta de 12% ou mais; outros 7,6% aplicarão reajuste de 10% a 11%.

O mesmo percentual autorizou aumento de 0% a 3%. E 3,1% determinaram uma revisão de 3% a 5%.

“Obviamente, a inflação é um fator determinante. Em 2021, teve escola que bancou a alta nos custos para não perder alunos. E agora a fatura chegou. Não tem mais como as escolas segurarem os preços”, disse ao portal G1, a responsável pelo levantamento, Mabely Meira Fernandes.

Lei federal de 1999 permite reajustes anuais nas mensalidades, desde que o índice esteja de acordo com as despesas das escolas. O aumento só pode ser feito uma vez ao ano.

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