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Comportamento

Evangélica decide vender cabelo que não vê tesoura há 14 anos e acaba criticada

Elverson Cardozo e Liana Feitosa | 28/12/2014 07:00
Fotos do anúncio no Facebook. (Foto: Arquivo Pessoal)
Fotos do anúncio no Facebook. (Foto: Arquivo Pessoal)

O cabelo loiro da artesã Salete Madalena Schneider, 47, não vê tesoura há pelo menos 14 anos. Evangélica, fiel da igreja Assembléia de Deus Missões há duas décadas, a mulher, que mora em Campo Grande, sempre preservou as madeixas longas até que, essa semana, decidiu cortar para vender. “Sinto muita dor de cabeça e como ele é muito comprido, fico com ele muito tempo preso, então pesa”, justifica. Os fios, de tão compridos, ultrapassam a linha da cintura. Chegam às nádegas.

O anúncio de venda, feito pela sobrinha, no Facebook, virou polêmica imediada. Na visão predominante da patrulha crítica de plantão, a decisão parece aceitável para qualquer outra pessoa, menos para uma evangélica que, além da saia abaixo dos joelhos, sempre teve o cabelão como marca registrada.

Salete ignora os comentários, alega “cuidado com a saúde”, diz que a igreja não proíbe – mas também não estimula – e sustenta que a decisão é pessoal. O argumento não convenceu os críticos da internet. Muita gente questionou: Se é evangélica e, mesmo assim decidiu cortar, porque, então, não preferiu doar?

“Eu pensei, mas aí eu dou para a pessoa, ela vende e lucra em cima de mim. Por isso eu decidi vender”, responde. E o dinheiro tem destino certo. “Vou pagar umas contas e estou querendo fazer uma viagem para Cuiabá (MT), visitar minha filha que mora lá”, revela.

Quem incentivou o corte, prossegue, foi o marido, com quem está casada há 26 anos e tem 12 filhos: cinco com ele e 7 “da graça” (dele com outra mulher), como costuma dizer.

“Meu esposo que pedia para eu não cortar, porque ele gosta do meu cabelo comprido. Mas, como é por uma questão de saúde, ele apoiou minha decisão”, comenta. Só que o corte será, no máximo, na altura dos ombros. “Vai ser mais prático zelar quando estiver mais curto”, diz.

Salete garante que o cabelão nunca foi pintado e nem recebeu qualquer tipo de química. O tratamento, em casa, é feito com produtos de duas marcas: “Não é qualquer shampoo e creme não. Só uso da Avon e Dove. Com o resto ele não se dá. Fica embaraçado”, comenta.

A artesã espera receber um bom dinheiro com a venda, por isso já estipulou um lance inicial: “R$ 800,00. A proposta mais alta, até agora, foi de R$ 900,00. “Minha sobrinha disse que muita gente, muita gente ligou, o dia inteiro”, avisa.

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