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Consumo

O troca-troca de clientes em busca de qualidade nos serviços de celular

Elverson Cardozo | 01/08/2012 19:44
Larissa Alves tem dois chips, um da Tim e o outro da Claro. (Fotos: Simão Nogueira)
Larissa Alves tem dois chips, um da Tim e o outro da Claro. (Fotos: Simão Nogueira)

Quantas vezes você já trocou de celular? E de número? Mantém o mesmo há anos ou muda com frequência? A opinião, nas ruas, passeia do “nunca troquei” ao “tenho vários chips”. “Tenho claro há 10 anos. Eu gosto”, comenta Larissa Alves, de 24 anos. “Mas eu também tenho um chip da Tim”, revela, acrescentando que usa a linha para acessar a internet porque a outra “não é muito boa”.

A tesoureira Célia Fonseca, de 45 anos, também prefere Claro e mantém o mesma linha há quase 4 anos. “Claro para mim não presta”, comenta a amiga, Elenir de Andrada Rangel, de 43 anos, que é “da Vivo”.

O fato é que a maioria dos brasileiros já teve chips de quase todas as operadoras e o motivo é simples: O consumidor encontra em uma empresa vantagens que a outra não oferece.

Rodrigo de Souza, por exemplo, tem 4 números, cada um de uma empresa. Na rua 14 de Julho, centro de Campo Grande, o vendedor ambulante de 27 anos comercializa aparelhos celulares de vários modelos e para todos os gostos. Tem de 1, 2, 3 e até de 4 chips.

Ele mesmo não gosta da tecnologia. Acha que atrapalha e por isso prefere carregar 4 aparelhos. “Dois ficam comigo e dois com a minha esposa”, disse. Exagero? Rodrigo chama de facilidade e avisa: "os aparelhos de 4 chips são os que mais saem".

“Tem celular de quatro chips?”, perguntou, no meio da entrevista, o cliente Marcos Ribeiro, um vendedor campo-grandense de 52 anos. O aparelho, afirmou, facilitará o contato com os clientes. “Se eu der a opção de 4 números ele vai me ligar da operadora que ele tem”, disse.

Celulares com mais de um chip se tornaram febre entre consumidores.
Celulares com mais de um chip se tornaram febre entre consumidores.

Mas gravar tantos números é uma necessidade que poderia ser evitada se as operadoras se atentassem ao mercado concorrente, à evolução tecnológica, de nível econômico e social, à importância da prestação de um serviço de qualidade e, principalmente, ao perfil do cliente, avaliou o vendedor. “Não caiu a ficha deles ainda”, pontuou.

Marcos Ribeiro, por exemplo, foi fiel a uma única operadora por 20 anos, mas depois de tanto tempo se decepcionou com o atendimento que recebeu. “Você não pode deixar seu cliente conhecer o gosto do concorrente, mas as operadoras não têm essa preocupação”, disse.

O que mais pesa, afirmou, são os custos, com a tarifa das ligações, e os serviços oferecidos, como o acesso à internet, por muitos clientes opta pelo "ping-pong" entre as empresas. Uma forma de compensar o prejuízo. “Eu como cliente estou buscando minimizar os custos que as operadoras não oferecem”, finaliza.

Vendas proibidas – No mês passado a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) suspendeu a comercialização de linhas de telefonia celular e internet em vários Estados do Brasil.

A TIM teve a comercialização suspensa em 19 Estado, a OI em 5 e a Claro em 3. A liberação da venda está condicionada à apresentação de um plano qualidade que deve tratar da qualidade da rede, completamento de chamada e diminuição de interrupção de serviços.

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