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Vacinação contra dengue entra no calendário do SUS

Ministério da Saúde anunciou hoje a incorporação da vacina Qdenga ao SUS

Por Ângela Kempfer | 21/12/2023 16:48
Brasil já comprou 6,2 milhões de doses ao longo de 2024.
Brasil já comprou 6,2 milhões de doses ao longo de 2024.

O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (21) que vai incorporar a vacina contra dengue, a Qdenga, ao SUS. A ministra Nísia Trindade revelou que a imunização está programada para iniciar em fevereiro de 2024. Em Mato Grosso do Sul, Dourados já tinha avisado que bancaria a imunização para todos os moradores no ano que vem. Uma semana depois, chegou o anúncio que a campanha vai atingir todos os brasileiros.

"Estamos oficialmente integrando a vacina da dengue ao #SUS. O Brasil torna-se pioneiro, entre os sistemas universais, ao oferecer acesso público a essa importante ferramenta de prevenção", anunciou a ministra em sua conta no X, antigo Twitter.

A Qdenga (TAK-003), desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda Pharma, recebeu a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março deste ano e é a primeira vacina liberada também para pessoas que nunca tiveram contato com o vírus da dengue.

Segundo a Anvisa, a vacina é indicada para a faixa etária de 4 a 60 anos, administrada em duas doses com um intervalo de três meses entre elas. Composta por quatro sorotipos diferentes do vírus causador da doença, a Qdenga também pode ser aplicada em indivíduos que já tiveram a doença, sem distinção dentro da faixa etária estipulada pela agência reguladora.

Até o momento, a Dengvaxia, fabricada pelo laboratório francês Sanofi Pasteur, era a única vacina contra a dengue disponível no Brasil, recomendada apenas para aqueles que já foram infectados pelo vírus.

A princípio, serão repassadas 6,2 milhões de doses ao longo de 2024, para imunizar 3,1 milhões de pessoas, considerando o esquema de duas doses.

O cronograma de entrega proposto pela Takeda Pharma inclui 460 mil doses em fevereiro, 470 mil em março, 1.650 milhão em maio e agosto, 431 mil em setembro, e 421 mil em novembro. A pasta destacou que, nesse primeiro momento, a vacinação será direcionada para "público e regiões prioritárias", com alta incidência de dengue.

Durante o processo de aprovação, o Ministério da Saúde destacou que o uso da vacina no SUS teria um "impacto orçamentário muito elevado", estimado em cerca de R$ 9 bilhões em cinco anos, considerando as faixas etárias propostas pela farmacêutica.

O Ministério abriu negociações para fabricar as doses no Brasil, o que reduziria o preço para acelerar a imunização. Além disso, o Ministério da Saúde conseguiu uma redução de 44% no custo por dose, passando de R$ 170 para R$ 95.

Em Mato Grosso do Sul, este ano 40.887 casos de dengue foram confirmados, com 42 mortes causadas pelo Aedes aegypti. Um recorde dos últimos 3 anos. Anteriormente, o número mais alto tinha sido registrado em 2020, ano com 41.998 casos e 43 óbitos, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde.

Atualmente a maior incidência no Estado é registrada em Laguna Carapã, depois vem Caracol, Selvíria e Água Clara. Campo Grande já registrou este ano 12.095 pacientes com dengue.

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