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Política

Geraldo Resende aciona a Policia Federal contra produtores de fake news

Corporação informou que notícia-crime protocolada na segunda-feira está sob análise

Marta Ferreira | 07/04/2021 12:57
Geraldo Resende, com o copo de água nas mãos, ao lado do governador Reinaldo Azambuja durante abertura de drive thru para vacina nesta manhã. (Foto: Marcos Maluf)
Geraldo Resende, com o copo de água nas mãos, ao lado do governador Reinaldo Azambuja durante abertura de drive thru para vacina nesta manhã. (Foto: Marcos Maluf)

Alvo de mensagens que estão circulando nas redes sociais, o secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende (PSDB), deputado federal licenciado, pediu à Polícia Federal a investigação dos responsáveis por criar e disseminar mentiras sobre ele, ou seja, fake news.

A notícia-crime foi registrada na PF (Polícia Federal) na segunda-feira (5). Ainda não se transformou em inquérito, segundo a superintendência regional em Campo Grande, pois os fatos estão em análise.

Não é de hoje que Geraldo vem sendo alvo do que chama de “desocupados”, em razão de sua atuação à frente da pasta durante a pandemia de covid-19.

Mas o conteúdo que motivou a ida à PF é recente. Começou a ser compartilhado na semana passada e diz que o titular da Saúde pediria demissão em razão de estar envolvido em desvio de vacina contra a covid-19.  Isso equivale a acusação de corrupção no exercício da função pública, em momento de grave crise na saúde.

Conforme a mensagem em circulação, já teria até havido conversa entre o secretário e o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) acertando a saída dele. “Não há informações sobre o envolvimento ou não de Azambuja. Mas é certa a participação de Resende”, afirmam os dizeres, que estão sendo compartilhados principalmente por meio de grupos de WhatsApp, estratégia rotineira dos criadores de falsidades na internet.

Falta do que fazer - “Tentam diminuir o trabalho”, reclamou esta semana Geraldo Resende. Na avaliação dele, os disparos vêm em sua maioria de sua base política, Dourados.

“São crimes, que haveremos de, a cada momento que acontecerem, responder cobrando a polícia”.

Indagado se acredita que seja politicagem, bandidagem ou os dois juntos, o secretário citou a terceira opção. E atribuiu à “extrema-direita”.

Geraldo segue a agenda normal da pasta. Hoje cedo, por exemplo, participou da abertura de drive thru de vacinação em Campo Grande, no Centro de Convenções Albano Franco, na Avenida Mato Grosso, junto do governador.

No Brasil, produzir e disseminar fake news não é enquadrado em crime específico ainda, embora existam projetos nesse sentido. Mas os responsáveis podem ser processados por crimes como injúria, calúnia, difamação.  É possível também a tipificação como denunciação caluniosa e, ainda, por incitação ao crime.

O tema motivou, neste ano, inquérito polêmico do STF (Supremo Tribunal Federal), até com mandados de prisão de integrantes do chamado “Gabinete do Ódio), rede especializada em compartilhar notícias mentirosas.

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