ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 24º

Política

Sem documentos, CPI fica só com as palavras de Beatriz Dobashi

Zemil Rocha e Mariana Lopes | 17/06/2013 19:32
Secretária Beatriz durante depoimento esta tarde à CPI da Saúde (Foto: Cleber Gellio)
Secretária Beatriz durante depoimento esta tarde à CPI da Saúde (Foto: Cleber Gellio)

A CPI da Saúde da Assembleia Legislativa acabou fazendo uma oitiva pouco produtiva nesta tarde em razão do descompasso entre a requisição de informações documentais e prestação de esclarecimentos através de depoimento pessoal. O prazo para entrega de documentos ainda não se esgotou e o depoimento da secretaria estadual de Saúde, Beatriz Dobashi, acabou sendo feito sem possibilidade de confrontação com documentos oficiais.

Um dos pontos mais esperados era sobre a terceirização de serviços na Santa Casa de Campo Grande, mas as respostas acabaram ficando incompletas. O presidente da CPI, Amarildo Cruz (PT), questionou sobre os serviços terceirizados, afirmando que quando a Junta Interventora pegou a Santa Casa eram 15 contratos terceirizados e devolveu sendo atendida por 100 empresas. “Isso não é verdade”, afirmou Beatriz, sem porém informar dados a respeito dessas contratações. “Vou enviar esses números na documentação solicitada”, avisou, acrescentando apenas que a Junta fez reavaliação dos contratos que existiam e buscou um equilíbrio para poder atender as duas partes.

Amarildo Cruz questionou ainda sobre o Estado repassar recursos para “hospitais particulares”, como o Hospital do Câncer. Beatriz rebateu, dizendo que são “hospitais filantrópicos”.

Quanto à terceirização de serviços no Hospital Regional, a secretária Beatriz Dobashi informou que restringe-se ao serviço de apoio, como a lavandeira, limpeza, arquivo de prontuário e setor de medicamentos. “Todo o atendimento é feito por funcionários do Hospital Regional”, garantiu ela.

Também integrante da CPI, o deputado estadual Lauro David (PSB) questionou o fato de o Estado não dar conta de oferecer serviço de anestesia. “O Estado não tem serviço de anestesia”, admitiu Dobashi, revelando que a empresa Servan é que atende aos hospitais. Segundo ela, já houve investigação do Ministério Público sobre esse serviço e nenhuma irregularidade foi detectada.

Outro tema abordado durante a oitiva foi o fato de o Estado não fazer exame de leucemia. O deputado Amarildo perguntou se é verdade que Estado tem equipamento para fazer esse exame e este foi cedido para uma instituição privada. A secretária respondeu: “Não é verdade. Teve época que o Estado oferecia o exame de câncer, não específico de leucemia, mas era com equipamento da Associação dos Amigos das Crianças com Câncer (AACC), que tem uma parceria com o Estado, tanto que o quarto andar do Hospital Regional é do setor de Oncologia Pediátrica. Mas em determinado momento a AACC disponibilizou esse aparelho em outro laboratório e aí Estado perdeu esse serviço”, afirmou Beatriz.

Sobre a hemodiálise, Dobashi disse que são poucos hospitais que tem esse setor em Mato Grosso do Sul, com atendimento restrito a Campo Grande, Corumbá, Aquidauana, Ponta Porã e Dourados.

 

Nos siga no Google Notícias