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Política

Tereza Cristina defende autonomia de estados e municípios após vetos de Lula

Senadora destaca importância da licença ambiental especial e critica a centralização do licenciamento

Por Kamila Alcântara | 11/08/2025 15:56
Tereza Cristina defende autonomia de estados e municípios após vetos de Lula
Senadora sul-mato-grossense Tereza Cristina (PP) foi relatora do projeto (Foto: Divulgação)

A senadora Tereza Cristina (PP), relatora do projeto do novo marco do licenciamento ambiental no Senado, manifestou-se nesta segunda-feira (11) sobre os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a 63 pontos do texto aprovado pelo Congresso.

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A senadora Tereza Cristina (PP) defendeu a autonomia de estados e municípios após os vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 63 pontos do novo marco do licenciamento ambiental. Em nota, ela criticou a centralização do processo e destacou a importância de respeitar a distribuição de competências entre os entes federados. Tereza Cristina também mencionou a Medida Provisória que institui a Licença Ambiental Especial (LAE), permitindo agilidade em obras estratégicas, como a exploração de petróleo na Amazônia. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, justificou os vetos como uma decisão do governo para garantir a integridade do licenciamento e a proteção ambiental.

Em nota, a parlamentar ressaltou a importância de respeitar a distribuição de competências entre União, estados e municípios, conforme previsto em lei complementar. “O licenciamento ambiental não é um cartório federal, como querem alguns”, afirmou Tereza Cristina, criticando tentativas de centralização excessiva do processo.

A senadora também destacou que já está em vigor, por meio de Medida Provisória, a LAE (licença ambiental especial), que autoriza com mais agilidade obras e empreendimentos considerados estratégicos pelo Executivo. A MP possibilita a aplicação imediata do procedimento, previsto no relatório da própria Tereza Cristina no Senado, e que faz parte do novo marco do licenciamento ambiental aprovado este ano.

A LAE permite, por exemplo, o avanço de atividades como a exploração de petróleo na Amazônia, caso da autorização solicitada pela Petrobras para atuar na Margem Equatorial do Rio Amazonas. A medida prevê que um conselho do governo defina, duas vezes ao ano, quais empreendimentos serão enquadrados como estratégicos e garante prazo de até 12 meses para análise dos processos.

“Temos de respeitar a autonomia dos entes federados e garantir que o licenciamento seja ágil, mas sem perder de vista a proteção ambiental e o diálogo com as comunidades”, afirmou Tereza Cristina, que deve se manifestar novamente após análise do projeto de lei que o governo pretende enviar para recompor parte dos vetos feitos pelo Executivo.

O presidente Lula vetou pontos considerados polêmicos, como a ampliação da LAC (Licença por Adesão e Compromisso) para empreendimentos de médio impacto, a autonomia plena de estados e municípios para definir regras, e a dispensa de licenciamento para produtores rurais com pendências no CAR (Cadastro Ambiental Rural).

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que os vetos foram uma decisão coletiva do governo para preservar a integridade do licenciamento e garantir processos mais ágeis, sem comprometer a qualidade ambiental.

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