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A menina foi levada para a Casa Acolhedora, em Três Lagoas.

Procuraram, então, a responsável pela família para orientá-la em relação aos estudos da menina.

Rebeldia – A menina convive com a avó desde que a mãe faleceu.

Em pouco tempo, várias meninas respondem com possíveis locais em Campo Grande.

Com a negativa, a menina pediu para ir à igreja com a mãe de uma amiga e Marilza autorizou.

Fábio estava com outras três meninas, sendo duas delas a ex-namorada e a ex-cunhada do réu, além de mais três rapazes, quando foi convidado para ir a outra festa na região.

Hoje a menina tem 11 anos e ainda não conseguiu ser beneficiada.

As paredes receberam boiseries (molduras em gesso), nichos para abrigar os ursinhos da menina e tecidos delicados, claros, com estampas de flores.

A vítima estava em uma festa junina, acompanhada de três meninas, sendo que no final do evento elas convidaram a vítima para irem a outra festa.

Além disso, o magistrado analisou que o laudo concluiu que a menina sofreu lesão corporal leve, por ação contundente de mordedura.

Até pouco tempo atrás, o casal desembolsava R$ 500 por mês com escola para as meninas, mas não conseguiu mais dar conta da despesa.

A esposa dele, Vera Regina Ramires Escopila, 27 anos, e três filhos, um menino de 6 e duas meninas de 5 e 2 anos, foram socorridos por pessoas que passavam pelo local.

Mas o último projeto é como filho, sempre será a menina dos olhos”, comenta.

“Quero uma bota boa e que seja do meu tamanho”, disse a menina, sem desanimar.

O delegado diz ainda que fatos semelhantes como o da menina Micheli já aconteceram em aldeias da região, mas frisa que a brutalidade sempre choca e causa repercussão entre as lideranças indígenas e as comunidades.

As duas meninas eram alvos constantes de piadas de mau gosto, motivos de chacota e em casos extremos eram até agredidas.

As prisões preventivas de Arlindo Freitas Ramires, 28 anos, e de Rosimar Viega, 18, suspeitos de participar do estupro e assassinato da índia Micheli Gonçalves Benites, 12, foram decretadas pela Justiça no final da tarde de ontem (16).

Os dois homens, Arlindo Freitas Ramires, 28, e Rosimar Viega, 18 anos, suspeitos de envolvimento na morte e estupro da indígena Micheli Gonçalves Benites, 12 anos, aguardam na delegacia a manifestação da Justiça que decretará a prisão de ambos.

Os quatro menores envolvidos na morte da adolescente Michele Gonçalves Benites, 12 anos, foram encaminhados no início da noite desta terça-feira para a Unei (Unidade Educacional de Internação) masculina, Laranja Doce, em Dourados, a 230 quilômetros de Campo Grande.

Um medico constatou os abusos através de exame e um boletim de ocorrência foi registrado.