"Só não me mataram porque sou cadeirante", diz idoso que ficou refém
Crime aconteceu na noite de ontem (1º), na Rua Maria Izabel, no Jardim Tarumã, região sul de Campo Grande
“Eles disseram que se eu andasse, teriam me levado para o mato e me matado”. A frase é do cadeirante de 68 anos que ficou refém de três bandidos armados durante roubo de um Honda Civic, na noite de ontem (1º), na Rua Maria Izabel, no Jardim Tarumã, em Campo Grande. A vítima foi abandonada pelos criminosos minutos depois da abordagem na Rua Acuá, no bairro.
A vítima contou se preparava para sair do Centro Espírita Irmãos do Caminho quando, de repente, três homens armados chegaram anunciando o roubo. Além dele, estavam no carro a esposa de 61 anos, a sobrinha de 42 anos e a neta de 5 anos.
“Eles esperaram as mulheres descerem com a minha neta. Mas como tinham que me colocar ainda na cadeira de rodas, não tiveram paciência e me levaram junto. Não fui agredido fisicamente, mas eles estavam agitados”, lamenta. A vítima não tem movimentos da cintura para baixo.
O idoso foi largado no meio-fio no fundo do posto de saúde da redondeza. Os bandidos fugiram levando o carro com a cadeira de rodas no porta-malas. Após 25 minutos esperando, a vítima foi socorrida pelo morador do bairro Hebiter Rolon, 38 anos, que passava pelo local. “Chamei outro vizinho e o levamos para a casa”, diz.
Caso - O veículo Honda Civic preto levado com o idoso foi encontrado abandonado, por volta das 7h30 desta sexta-feira (2), na Rua Evelina Selingardi, no Bairro Lageado, próximo ao lixão.
O automóvel estava ligado com a chave no contato, portas trancadas e vidros abertos. Dentro do carro, foram localizados um celular e, no porta-malas, a cadeira de rodas. Nenhum suspeito foi preso. O caso será investigado na Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos).
