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Capital

Acusado por morte de agente penitenciário alega inocência

Nicholas Vasconcelos | 14/07/2012 11:21

Para a defesa, há falta de provas para acusar Adriano Lopes de Moura pelo crime.

Adriano Lopes de Moura e o advogado, Marcos Ivan. (Foto: Nicholas Vasconcelos)
Adriano Lopes de Moura e o advogado, Marcos Ivan. (Foto: Nicholas Vasconcelos)

Adriano Lopes de Moura, 31 anos, acusado pela morte do agente penitenciário Hudson Moura da Silva, 34 anos, alega inocência e diz que foi acusado injustamente por conta de uma rixa pessoal com outro interno do Estabelecimento Penal de Regime Aberto e Casa do Albergado, em Campo Grande, onde ocorreu o crime. Na segunda-feira (16) a defesa de Adriano vai ingressar com um habeas corpus alegando que não há provas suficientes para a acusação.

Hudson foi morto em novembro do ano passado e as investigações da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios) concluíram que Adriano e Rafael Gomes Gonçalves, de 24 anos, cometeram o crime porque o agente havia apreendido drogas e celulares.

De acordo com Adriano, o crime ocorreu no momento em que ele estava deitado dentro do alojamento do estabelecimento penal, que fica na Vila Sobrinho. Ele afirma que foi acusado injustamente por outro interno, identificado como Breno, por conta de uma rixa antiga entre os dois. “Ele me acusou porque a gente tinha uma rixa antiga, mas se quiserem provar tem as câmeras que filmaram tudo”, alega.

Adriano afirma também que nunca apresentou problemas de comportamento e não esteve envolvido em irregularidades dentro da unidade. “Nunca tive problema com ninguém lá dentro, sempre conversei e tive uma boa relação com os agentes e meu parecer disciplinar é limpo”, conta.

Segundo o advogado de Adriano, Marcos Ivan Silva, ele não pode ser acusado somente com o depoimento de uma testemunha. “A Polícia ouviu somente uma pessoa e que já tinha um histórico de problemas pessoais com acusado, não recolheu mais provas”, afirma. A defesa também afirma que Adriano foi ouvido na delegacia sem a presença de um advogado ou defensor público.

Marcos Ivan alega ainda que o cliente terminaria de cumprir a pena por tráfico de drogas no próximo dia 31 de julho. “A pena dele estava perto de se encerrar, ele já estava no sistema prisional e se criou um consenso de culpa entorno do Adriano, sem a devida apuração”, encerra.

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