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Capital

Adolescente volta de SP com bala alojada no corpo e vontade de trabalhar

Aline dos Santos e Ricardo Campos Jr. | 01/04/2011 12:40
Mãe mostra raio-x em que projétil aparece próximo à coluna de Daniele. (Foto: João Garrigó)
Mãe mostra raio-x em que projétil aparece próximo à coluna de Daniele. (Foto: João Garrigó)

Após 35 dias de tratamento médico em São Paulo, a adolescente Daniele Fernanda Cogo de Lima, de 17 anos, retornou hoje a Campo Grande com uma bala alojada no corpo, medo de polícia e o desejo de voltar a trabalhar.

“Os médicos não querem tirar projétil agora, que pode ser perigoso. Mas pretendo tirar, porque o projétil incomoda bastante”, afirma, após desembarcar com mãe Marta Célia Cavalcante Cogo no aeroporto.

A adolescente foi baleada na manhã do dia 22 de fevereiro, durante troca de tiros entre um policial civil e assaltantes. O roubo foi em frente ao banco HSBC, na avenida Afonso Pena, próximo ao cruzamento com a rua Rui Barbosa.

Ela ficou internada dois dias na Santa Casa de Campo Grande e depois, por decisão da família, foi para o Hospital das Clínicas. “Fui super bem atendida. Quando cheguei no hospital, várias pessoas já sabiam o que tinha acontecido comigo”, recorda.

A garota conta que foi recebida pelo diretor do hospital e chegou a cumprimentar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. “Eu conheci muita gente, ganhei presentes de quem nunca vi e passei vergonha quando entrei numa loja e disparou o alarme”, relata sobre a estadia em São Paulo. O projétil está alojado próximo à coluna.

Do dia em que foi baleada, ela recorda que sentiu como se tivesse levado um leve soco nas costas. Quando caiu no chão, veio alguém e sussurrou: “Não precisa ficar preocupada porque o tiro foi de raspão”.

Agora, a adolescente quer voltar ao trabalho, em uma empresa de tecnologia da informação.

De acordo com Joel Alves dos Santos, padrasto da garota, a família já contatou um advogado e vai pedir indenização ao Estado. “O policial civil teve uma má conduta, que provocou a reação dos bandidos”, afirma.

Pela posição em que estavam os assaltantes e o policial, os peritos acreditam que o disparo foi feito pelos ladrões.

Preso por assaltos a dois comércios, um policial militar é suspeito de participar também do roubo que terminou com a jovem baleada.

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