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Capital

Cai pela metade o número de grevistas nas escolas de Campo Grande

Hoje estão parados 400 administrativos da Educação e 300 agentes de saúde

Alberto Dias | 22/04/2016 10:15
Presidente do Sisen, Marcos Tabosa, à frente de panelaço na terça-feira (19) na porta da Prefeitura. (Foto: Fernando Antunes)
Presidente do Sisen, Marcos Tabosa, à frente de panelaço na terça-feira (19) na porta da Prefeitura. (Foto: Fernando Antunes)

Caiu pela metade o número de administrativos da Educação em greve nas escolas de Campo Grande. A paralisação deflagrada em 31 de março começou com quase 800 servidores e, nesta sexta-feira (22), apenas 400 insistem no movimento grevista.

Para o Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande), o motivo seria a coação de diretores junto aos funcionários, que vão de merendeiras a secretárias.

Para não comprometer os serviços e o funcionamento das unidades de ensino, a Prefeitura enviou substitutos que seguem no lugar daqueles que insistem com a paralisação. Nesta sexta não haverá protestos em virtude do feriado prolongado do funcionalismo municipal.

A nova estratégia do sindicato será tentar convencer Bernal sobre o reajuste, apresentando exemplos de outros municípios. 
Conforme presidente do Sisem, Marcos Tabosa, cidades como Fátima do Sul, Iguatemi e Três Lagoas concederam aumentos de 9,3% a 9,6% após o dia 5 de abril, “comprovando que não existem entraves em relação ao período eleitoral”. Os índices correspondem à inflação dos últimos 12 meses.

Em Campo Grande, a prefeitura ofereceu inicialmente 9,57%, porém a proposta não foi aceita pelos sindicatos, que foram à Câmara pedir o veto dos vereadores. 

Na quarta-feira (20), Bernal disse que mantém o índice proposto, mas que o reajuste agora depende do Legislativo. “A Câmara pode reapresentar e aprovar o projeto, desde que haja maioria. Isso é legal, está no Regimento Interno e também na Lei Orgânica do Município”, ponderou o prefeito. Vários sindicalizados sinalizaram positivamente em relação ao índice, porém, não aceitam o escalonamento, já que a maior parte do reajuste (6%) chegaria nas contas dos servidores somente em janeiro de 2017.

Professores – Além dos servires administrativos da educação, também estão em greve cerca de 300 agentes comunitários de saúde, o que corresponde a 23% do total, uma vez que os agentes de combate a endemias não aderiram ao movimento. Já os professores devem deliberar a greve a partir de assembleia marcada para as 8h de terça-feira (26).

Se aprovada pela maioria presente, será expedido o indicativo de greve, cumprindo o rito de 72 horas. Assim, as escolas podem amanhecer desfalcadas de educadores na manhã de 2 de maio, segunda-feira.

“Nos reunimos com o prefeito, mas a prefeitura não responde nossa reivindicação. Tivemos 13 reuniões, já enviamos 10 ofícios mas nenhum foi respondido oficialmente”, reclamou o representante da categoria, professor Lucílio Souza Nobre, que preside a ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação) desde 28 de novembro de 2015. Hoje a Reme (Rede Municipal de Ensino) conta com 6,2 mil professores, incluindo os Ceinfs (Centros de Educação Infantil).

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