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Capital

Com estoque zerado, postos aguardam chegada de gasolina

Liminares mandam liberar acesso às distribuidoras Raízen Combustíveis e Petrobras em Campo Grande, mas empresas continuam sem previsão

Danielle Valentim | 26/05/2018 16:48
Frentista ao fundo aguardam chegada de gasolina no Shell da Avenida Nelly Martins. (Foto: Marta Ferreira)
Frentista ao fundo aguardam chegada de gasolina no Shell da Avenida Nelly Martins. (Foto: Marta Ferreira)

Mais de 40 postos de combustíveis das redes Shell e BR - abastecidos pelas distribuidoras Raízen Combustíveis e Petrobras - estão com bombas e estoques zerados aguardando a chegada de gasolina neste sábado (26) sexto dia de greve dos caminhoneiros. Liminar concedida ontem (25) libera o acesso às bases localizadas à Rua Alan Boa Ventura, no Jardim Sayonara, mas os postos permanecem sem previsão.

Essas duas redes estão com as bombas e estoques zerados em toda a cidade e nem o Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes) dispõe de previsão de reabastecimento. O sindicato confirmou a espera pelo cumprimento da liminar.

Também não há informações sobre a quantidade de combustível que os postos deverão receber, mas na ação da Raízen contra a Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), a empresa alega que desempenha papel relevante em Campo Grande, pois, a partir de sua base local, movimenta diariamente 800 m³ (metros cúbicos) de combustível, incluindo diversas empresas de ônibus, bem como grande parte dos postos que fornecem combustível para o transporte privado da população.

A reportagem não localizou pedidos na Justiça de acesso às distribuidoras que abastecem demais redes, como a Taurus e Ipiranga.

O Campo Grande News confirmou a espera de pelo menos 20 desses estabelecimentos. O restante não se posicionou ou não atendeu o telefone.

O Sinpetro não se pocionou sobre postos sem bandeira, pois não possui controle das compras realizadas por essas empresas.

Fake News - Nenhum funcionário ou diretor do Grupo APN emitiu mensagens via aplicativos ou redes sociais informando sobre a disponibilidade de combustíveis a partir das 6h deste sábado (26). A informação partiu da empresária Annelise Jardim, representante do grupo, ao considerar uma “brincadeira de mau gosto” a veiculação do boato que, durante a manhã, levou várias pessoas às empresas do grupo na esperança de conseguirem encher os tanques.

Confira os postos que aguardam cumprimento de decisão:

Posto Gueno, Posto Figueira, Posto Tereré, Posto Itanhanguá, Auto Posto BR - Posto APN, Auto Posto Petrobrás - Rede Locatelli, Auto Posto petrobrás - Carandá Bosque, Auto Posto Kátia Locatelli, Auto Posto BR- Posto Paulista e os Postos Petrobrás (da Afonso Pena, Ceará, Eduardo Santos Pereira, Marechal Cândido Mariano, Avenida Zila Correia Machado, José Antônio, Manoel da Costa Lima, Mato Grosso - 1510 e 809 e Avenida Tiradentes).

Auto Posto Shell - Rede Bonatto, Bonatto & Bonatto (Nelly Martins e Três Barras), Bonatto e Cia Ltda (Raquel de Queiroz, Ana Luisa de Souza e Guaicurus), Irmãos Faleiros, Irmãos Batistela, Posto Seara (Guaicurus 2782 e 6733), Di Com de Combustíveis Ltda EPP, Posto Pantanal e Shell (Nelly Martins, Monte Castelo, Euler de Azevedo, Calógeras, Tamandaré, Fernando Correia da Costa e Arthur Jorge).

Paralisação – Os protestos iniciaram no domingo (20), em 25 estados, mas foi na segunda-feira (21) que os caminhoneiros passaram a bloquear as rodovias em Mato Grosso do Sul contra o aumento do valor do diesel e política de preços da Petrobras.

No quatro dia de bloqueios, a Petrobras decidiu manter a redução de 10% no valor do diesel nas refinarias e representantes do governo e entidades de caminhoneiros anunciaram a suspensão da paralisação, por 15 dias.

 Porém, os grupos espalhados por estados de todo Brasil  permaneceram nas rodovias, com a justificativa de que o acordo divulgado pelo governo federal não representava quem estava parado nas estradas.

Exército - Um dia depois, 25 de maio, o governo federal autorizou o uso de forças federais de segurança para liberar as estradas bloqueadas pelos caminhoneiros caso as estradas não sejam desbloqueadas pelo movimento. O anúncio foi pelo presidente Michel Temer, em pronunciamento no Palácio do Planalto. A decisão foi tomada após reunião no GSI (Gabinete de Segurança Institucional), que contou com a participação de ministros e do presidente.

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