Corredora é atacada no Parque dos Poderes e em fuga, agressor fica ferido
Gleindon Barbosa da Silva, 33, o suspeito, está preso na Santa Casa, onde recebe tratamento para ferimentos
O que era para ser uma quarta-feira comum na rotina de uma corredora de 33 anos se tornou pesadelo. Ela foi atacada por Gleindon Barbosa da Silva, 33, durante a prática de exercícios no Parque dos Poderes. Ele tentou arrastá-la para uma mata, agarrando-a pelos seios e simulando estar armado. Eram cerca de 5h15 quando o silêncio habitual do início da manhã foi quebrado pelos gritos de socorro da mulher.
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A tentativa de estupro expôs a vulnerabilidade de quem treina na região e os momentos de pânico vividos pela vítima reverberaram pela comunidade de atletas que utilizam o local diariamente.
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Conforme relatado pela mulher à policial, ela corria próximo a uma das rotatórias do parque, a que faz a transposição da Avenida do Poeta para a Avenida Desembargador José Nunes da Cunha, quando percebeu um homem à sua frente, aparentando falar no celular.
A tranquilidade do cenário mudou no instante em que ela passou por ele. O suspeito a agarrou pelos braços, apalpou seus seios e ordenou que ficasse calada. A corredora contou que, naquele momento, percebeu que ele simulava estar armado, mantendo sob a camisa um volume que reforçou a ameaça.
O homem tentou arrastá-la para dentro da mata e a vítima percebeu que ele portava apenas um pedaço de pau, reagiu e gritou por socorro.
Outros praticantes de exercícios que também estavam no parque ouviram o pedido de ajuda e correram em sua direção, iniciando uma perseguição ao agressor. Pressionado, o suspeito avançou desorientado até os fundos da Secretaria de Estado de Saúde, onde, em fuga, se jogou contra uma janela de vidro.
O impacto quebrou o material e permitiu que ele invadisse uma das salas do prédio, ainda conforme registrado no boletim de ocorrência ao qual o Campo Grande News teve acesso. Ferido, com cortes profundos no rosto, escoriações e lesão no tendão de Aquiles (calcanhar), ele acabou contido por um agente patrimonial até a chegada da PM (Polícia Militar).
O Corpo de Bombeiros realizou os primeiros atendimentos, e o suspeito foi encaminhado à Santa Casa de Campo Grande, onde permanece sob custódia.
A vítima reconheceu o agressor após ver sua foto ainda no local e reafirmou aos policiais que ele não anunciou assalto, tampouco exigiu qualquer bem material, o que reforça a interpretação de que o ataque teve motivação sexual.
O homem, funcionário de um restaurante localizado no Parque dos Poderes e que mantém alojamento no Bairro Autonomista, foi inicialmente conduzido à Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). Entretanto, a delegada responsável entendeu que o caso deveria ser encaminhado à Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada), classificando-o como importunação sexual.
A notícia se espalhou rapidamente entre corredores e frequentadores do Parque dos Poderes, onde, diariamente, antes mesmo de o sol nascer, dezenas de mulheres treinam sozinhas. O episódio reacendeu o sentimento de insegurança e levantou pedidos por reforço no policiamento da área em grupos de WhatsApp.
Mais para o fim da manhã, houve mudança no entendimento da Deam, que deu voz de prisão em flagrante ao suspeito por tentativa de estupro.
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