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Capital

Corregedoria afasta delegado e investigador presos durante a Omertà

Márcio Shiro Obara e Célio Rodrigues Monteiro são suspeitos de dar apoio milícias armadas

Marta Ferreira | 23/06/2020 08:06
O delegado Márcio Shiro Obara, afastado das funções depois de ter sido preso. (Foto: Arquivo Campo Grande News)
O delegado Márcio Shiro Obara, afastado das funções depois de ter sido preso. (Foto: Arquivo Campo Grande News)

Foram publicadas  nesta quarta-feira (23) as medidas de afastamento compulsório das funções públicas do delegado de Polícia Civil Mário Shiro Obara e do investigador Célio Rodrigues Monteiro. O afastamento dura enquanto persistir a medida judicial que mandou prender a autoridade na semana passada, no dia 18.

Ambos os policiais foram presos na semana passada, durante a terceira fase da operação Omertà, sob acusação de usar as funções para dar apoio a organizações criminosas em Campo Grande   e Ponta Porã, especializadas em execuções.

Obara atuava até o ano passado na DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), unidade responsável por investigar execuções ocorridas em Campo Grande, atribuídas ao grupo criminoso alvo da Omertà. É suspeito de receber propina de R$ 100 mil para proteger os bandidos de incriminação, inclusive com destruição de provas.

O delegado chegou a ser transferido para Ponta Porã. Depois, voltou para a DEH e, quando a operação estourou, foi para 2ª Delegacia de Polícia Civil, no Bairro Monte Castelo, onde estava até ser preso.

O investigador Célio, conhecido como “Manga Rosa”, estava atuando na Homicídios até a prisão. Ele é suspeito de dar apoio também ao grupo criminoso. Um dos indícios contra ele são repasses de valores por parte do delegado suspeito, no valor de R$ 60 mil.

Durante as ações, foi feita busca e apreensão tanto na casa dos envolvidos quanto nos locais de trabalho.

Pedido de liberdade – As defesas dos dois policiais contestam as acusações. Obara afirma ter recebido herança da mulher. Ele tem, além da prisão preventiva da Omertà, uma prisão em flagrante por estar com fuzil irregular. O advogado dele, Ronaldo Franco, afirmou que se tratada de arma apreendida, em Amambai, que a autoridade policial pegou para fazer manutenção, com autorização do responsável pela delegacia da cidade fronteiriça.

Responsável por defender Célio, o advogado Rui Gibim Lacerda, disse que ele tomou emprestado dinheiro de Obara e pagou.

Os dois defensores informaram que iriam entrar com pedido de habeas corpus para os clientes. Os dois estão presos na 3ª Delegacia de Polícia Civil.

O afastamento publicado hoje é asssinado pelo corregedor-geral, Márcio Custódio. Os policiais, como é praxe, também serão alvo de investigação administrativa.


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