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Capital

Doente, réu por esconder corpo em sofá é dispensado de audiência

Crime aconteceu em 2007, mas Eduardo Dias Campos Neto só foi preso em agosto desta ano

Geisy Garnes | 31/10/2017 15:01
Eduardo foi preso no dia 10 de agosto, na fronteira com o Paraguai (Foto: Edicarlos Oliveira)
Eduardo foi preso no dia 10 de agosto, na fronteira com o Paraguai (Foto: Edicarlos Oliveira)

Após 10 anos da morte de Aparecida Anuanny Martins de Oliveira, a primeira audiência sobre o caso aconteceu na tarde desta terça-feira (30), na sala da 2ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande. O autor do crime, Eduardo Dias Campos Neto, ex-marido da vítima, foi dispensado por estar hospitalizado, em virtude ao tratamento de um câncer.

Alegando que Eduardo está internado, a defesa pediu para que o réu fosse dispensado da audiência. O pedido foi aceito pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, que segundo o TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), ouviu oito testemunhas de acusação, entre familiares e conhecidos da vítima.

Desde que foi preso no dia 10 de agosto deste ano, Eduardo está na Presídio de Segurança Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima de Campo Grande e passa por tratamento quimioterápico de um câncer mieloma múltiplo. A doença acomete um subtipo de células da medula óssea, prejudicando a produção de anticorpos de defesa do organismo.

Após 10 anos foragido, Eduardo foi localizado e preso por investigadores da DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios), do SIG (Setor de Investigações Gerais) de Ponta Porã, em uma cidade paraguaia que faz divisa com Porto Murtinho - 431 quilômetros da Capital.

O caso - Eduardo e Aparecida estavam separados a cerca de dois meses, quando a estudante saiu de Anhanduí e foi até a casa do ex buscar o filho de 2 anos, e nunca mais foi vista. Por três dias a família da jovem a procurou, até que a mãe do suspeito, por conta do mal cheiro dentro de casa, encontrou o corpo da ex-nora dentro do sofá-cama no quarto do filho.

O crime aconteceu na véspera do dia Internacional da Mulher, 8 de março, de 2007. No corpo da estudante a polícia encontrou sinais estrangulamento e chegou a apreender uma toalha, usada como arma do crime.

Na época, a mãe de Aparecida Anuanny relatou que Eduardo não aceitava o fim do relacionamento, ‘tinha um ciúme possessivo’ e fazia ameaças constantes a jovem.

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