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Capital

Educação vai investir R$ 8 milhões em "reforço" para alunos do município

Projeto Aprender Mais será ampliado para o 7° e 8° ano e espera atender 10 mil estudantes

Por Idaicy Solano | 01/04/2024 12:29
Secretário municipal de Educação, Lucas Bitencourt, diz que município vai investir R$ 8 milhões em contratações para o Aprender Mais (Foto: Idaicy Solano)
Secretário municipal de Educação, Lucas Bitencourt, diz que município vai investir R$ 8 milhões em contratações para o Aprender Mais (Foto: Idaicy Solano)

A Semed (Secretaria Municipal de Educação) lançou o projeto "Aprender Mais" na Reme (Rede Municipal de Ensino), destinado à alfabetização e letramento de alunos do 4º e 5º ano, na manhã desta segunda-feira (1°). Para 2024, o atendimento será ampliado para alunos do 7° e 8° ano, além do investimento de R$ 8 milhões destinados à contratação de professores para atender ao projeto.

O secretário municipal de Educação, Lucas Bitencourt, explica que o principal objetivo é trabalhar com os alunos a introdução básica de leitura, língua portuguesa e noções de raciocínio lógico e matemática para reforçar a base necessária para os alunos avançarem.

O professor responsável por ministrar as aulas deve ter vínculo ativo com a Semed, e as aulas contarão como uma extensão da carga horária do profissional. As aulas extras acontecem no contraturno dos alunos. “É um investimento que vai movimentar a carreira do magistério de uma forma bem ampla”, diz Lucas.

O projeto está inserido em todas as escolas do perímetro urbano e rural de Campo Grande. Ano passado, a rede municipal de ensino atendeu 5 mil alunos. Em 2024, com a ampliação para os anos finais do Ensino Fundamental, a secretaria espera dobrar o número e atender 10 mil alunos.

Conforme explica a superintendente de políticas educacionais da Semed, Ana Dorsa, o Aprender Mais surgiu como uma política para atender a defasagem no ensino, causada pela pandemia de covid-19, período em que os alunos foram prejudicados ao precisarem estudar de maneira remota.

“Constatamos que muitos dos meninos e meninas estão necessitados de trabalharmos o primordial, a alfabetização, aquilo que é necessário para a contextualização de tudo que ele precisa aprender”, explica a superintendente.

Secretário municipal de Educação, Lucas Bitencourt, ao lado de técnicos da Semed durante lançamento do projeto na manhã desta segunda-feira (Foto: Idaicy Solano)
Secretário municipal de Educação, Lucas Bitencourt, ao lado de técnicos da Semed durante lançamento do projeto na manhã desta segunda-feira (Foto: Idaicy Solano)

Como funciona - Conforme explica o secretário municipal de Educação, Lucas Bitencourt, no início do ano letivo é feita uma avaliação diagnóstica para detectar quais assuntos o aluno tem conhecimento e quais ainda faltam uma base. A partir dessa avaliação, são identificados os alunos que precisam da recomposição da aprendizagem.

Com os alunos do 4° e 5° ano, é trabalhada a alfabetização e o letramento. Já os alunos do 7° e 8° ano, língua portuguesa e matemática. As aulas extras serão ministradas sempre no contraturno dos alunos matriculados na rede municipal de ensino.

Projeto na prática - A professora de português da Escola Municipal Governador Harry Amorim Costa, Michelly Mendes Ponci, lecionou a disciplina de português, com introdução à leitura e alfabetização, em 2023. Ela pontua que a maior dificuldade no ensino, atualmente, é o desinteresse dos alunos pela leitura.

Por este motivo, a professora decidiu trazer elementos lúdicos às suas aulas, para tentar despertar o interesse dos alunos pelos livros.

“Produzi um guarda-chuva literário em casa. Coloquei vários enfeites no guarda-chuva e aí pendurei alguns textos pequenos. Levei o guarda-chuva para que eles pudessem ficar segurando e lendo aqueles textos. Então foi algo que chamou a atenção deles, foi algo que era lúdico, era legal", conta.

Michelly comemora o sucesso de sua primeira experiência no projeto e cita a aluna Yasmin Lourdes dos Anjos Teodoro, de 11 anos. Ela conta que a aluna a procurou dizendo que “não conseguia ler”.

“E ali eu vi que ia ter que intervir de alguma forma. Foi uma grande satisfação para mim, porque ela acabou lendo vários livros na biblioteca e até ganhou destaque por isso”, finaliza.

Professora da Reme Michelly Mendes Ponci, conta sobre sua experiência lecionando no projeto (Foto: Idaicy Solano)
Professora da Reme Michelly Mendes Ponci, conta sobre sua experiência lecionando no projeto (Foto: Idaicy Solano)

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