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Capital

Ex-servidora acusada de cobrar propina deixa cadeia sem falar com imprensa

Ludyney Moura | 15/08/2014 19:40
Roberlayne deixou a cadeia sorridente no começo da noite desta sexta-feira (Foto: Marcelo Victor)
Roberlayne deixou a cadeia sorridente no começo da noite desta sexta-feira (Foto: Marcelo Victor)
Com alvará de soltura em mãos, Roberlayne não revelou para onde irá depois da cadeia (Foto: Marcelo Victor)
Com alvará de soltura em mãos, Roberlayne não revelou para onde irá depois da cadeia (Foto: Marcelo Victor)

Presa na Capital desde o dia 16 de junho, foi solta no começo da noite desta sexta-feira (15), a ex-servidora do Ministério da Saúde, Roberlayne Patrícia Alves, acusada de cobrar propina do diretor do Hospital do Câncer Alfredo Abrão, Carlos Coimbra. Ela foi detida em flagrante pela Polícia Federal no momento em que recebia o dinheiro do suborno.

Roberlayne saiu do presídio feminino irma Zorzi sem falar com a imprensa. Ela não quis responder sobre qual destino vai tomar após o alvará de soltura. De acordo com seu advogado, André Stuart, “ela colaborou com as investigações e prestou diversos depoimentos à Polícia Federal”, disse.

Stuart revelou que a revogação de prisão preventiva foi concedida pelo juiz federal Odilon de Oliveira, o mesmo que deve julgar o caso da acusada. “Ela é ré primária, não possui antecedentes. É enfermeira, com pós-graduação, colaborou com as investigações, possui endereço fixo, por tudo o juiz entendeu que não tinha razão para manter a prisão”, declarou o advogado.

A polícia já concluiu o inquérito, e o MPF (Ministério Público Federal) ofereceu denúncia contra Roberlayne e o ex-namorado dela, que emprestou a conta bancária para receber o dinheiro da propina. A defesa da acusada já foi intimida pelo magistrado para preparar a defesa prévia, mas ainda não prazo para a audiência que vai ouvir réus e testemunhos.

Apesar de não divulgar qual seu destino depois de conquistar a liberdade, o advogado de Roberlayne lembrou que a família da acusada reside no Estado de Minas Gerais, para onde ela deve seguir.

Caso - A chantagem começou no dia 15 de maio, em encontro com o diretor-presidente do hospital, Carlos Coimbra, em Brasília. Primeiro, a servidora exigiu R$ 50 mil para agilizar a liberação de R$ 1 milhão para a compra de dois equipamentos. Depois, cobrou mais R$ 100 mil em troca de emenda de R$ 1,6 milhões para a instituição adquirir acelerador linear.

Indignado com a cobrança de propina, assim que voltou a Campo Grande, Coimbra procurou a promotora de Justiça, Paula Volpe, para denunciar o caso. Ela o aconselhou a acionar a PF (Polícia Federal), que detonou a investigação.
Com a autorização do juiz federal Odilon de Oliveira, Coimbra depositou R$ 50 mil em uma conta bancária informada pela servidora. O procedimento permitiu a PF rastrear a conta, de titularidade do pai de ex-namorado da funcionária do Ministério.

Ainda sob orientação da polícia, o presidente do hospital marcou uma reunião com a servidora em Campo Grande para lhe entregar o restante da propina. Em uma sala monitorada por agentes da PF, com câmaras e escutas, Coimbra entregou R$ 100 mil, em sete folhas de cheque, quatro de R$ 10 mil e três, de R$ 20 mil. Apesar de no vídeo Roberlayne dizer que seguia ordens de superiores, para a polícia ela sustentou a história de que agiu sozinha.

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