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Capital

Jovens reproduzem cenas de abuso e aborto para reduzir índice de crimes

Aliny Mary Dias | 21/09/2013 12:12
Cena de abusador e criança chama a atenção de quem passa pela Afonso Pena (Foto: Marcos Ermínio)
Cena de abusador e criança chama a atenção de quem passa pela Afonso Pena (Foto: Marcos Ermínio)

Com cartazes, apitos, reproduzindo cenas de abuso sexual infantil e aborto, cerca de 30 jovens chamam a atenção de quem passa pela Avenida Afonso Pena esquina com a rua 14 de Julho, no Centro de Campo Grande.

Os participantes fazem parte da Avalanche Missões Urbanas, um grupo que possui filiais em todo o Brasil e reúne jovens com objetivo de fazer intervenções urbanas para o enfrentamento de problemas recorrentes em todas as cidades do Brasil.

Diniz Braga faz parte de um dos grupos de Vitória, no Espírito Santo, e veio a Campo Grande para treinar cerca de 70 jovens que farão intervenções em toda a cidade. A primeira delas teve o foco no enfrentamento ao abuso infantil.

Além dos cartazes com os dizeres “Ontem papai me pegou” e “Abusador sexual tem cara” os jovens reproduziram cena de um abuso. Com os olhos pintados e acorrentado, um dos atores representa o abusador.

O homem, com feições maléficas, obriga outra atriz vestida de criança a realizar o abuso sexual. Tudo é encenado para que a situação pareça a mais real possível. Enquanto o abusador comemora a ação, outro ator que representa a sociedade o puxa.

Toda a encenação ganha tons dramáticos com os gritos dos jovens e até o choro de uma criança. No semblante dos motoristas e de quem passa pela calçada, a sensação é de constrangimento.

Cartazes também fazem parte de intervenção (Foto: Marcos Ermínio)
Cartazes também fazem parte de intervenção (Foto: Marcos Ermínio)
Mulher arrastando bebê representa o aborto (Foto: Marcos Ermínio)
Mulher arrastando bebê representa o aborto (Foto: Marcos Ermínio)

“Nós queremos mostrar o que muita gente não quer ver. Além do abuso sexual temos o tráfico de pessoas, a depredação e as políticas públicas que também são nosso foco”, completa Diniz.

Se para alguns a cena do abuso já é forte, a que vem a seguir é mais chocante ainda. Uma mulher vestida com saia estampada com a bandeira do Brasil, pintada com tinta vermelha que simboliza o sangue carrega uma triste realidade.

Amarrada ao corpo, uma boneca representa um bebê sendo arrastado pelo cordão umbilical. O objetivo é que as pessoas percebam as consequência do aborto. Vivane Vaz é diretora do Projeto Nova e atende vítimas de abuso sexual.

Segundo ela, a ação é fundamental para que as pessoas denunciem qualquer abuso ou aborto. “Nós sempre buscamos acolher essas pessoas em um momento difícil, nosso objetivo é ajudá-las”, explica.

Quem quiser saber mais sobre o projeto Avalanche Missões pode clicar aqui. Para quem precisar de auxílio em caso de abuso deve ligar para o Disque 100 ou entrar em contato com o Projeto Viva 99748271.

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