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Capital

Polícia vai pedir prisão de jovem que atirou por dívida de R$ 3 mil

O pedido será por dupla tentativa de homicídio, já que em menos de dois meses, Wellington de Oliveira Martins tentou matar outro vizinho

Paula Maciulevicius e Viviane Oliveira | 23/10/2012 12:16
Delegado responsável pelo caso, Weber Luciano Medeiros, pediu também exame de balística para comprovar se foi usada a mesma arma nos dois crimes. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Delegado responsável pelo caso, Weber Luciano Medeiros, pediu também exame de balística para comprovar se foi usada a mesma arma nos dois crimes. (Foto: Rodrigo Pazinato)

A Polícia Civil vai pedir a prisão por dupla tentativa de homicídio, do suspeito de atirar por uma dívida de R$ 3 mil, Wellington de Oliveira Martins, 22 anos, também atirou contra um vizinho, no início de setembro. Os crimes aconteceram no bairro onde autor e vítimas moram, no Vida Nova, em Campo Grande. A Polícia quer descobrir agora se nos dois disparos, Wellington usou a mesma arma.

Hoje o Campo Grande News foi até o bairro Vida Nova. Na região, Wellington é conhecido como pessoa de pavio curto, apelido justificado principalmente pelos últimos dois meses, quando desavenças que nem eram com ele, terminaram em pessoas baleadas.

Segundo a Polícia o primeiro crime aconteceu no dia 2 de setembro, quando ele atirou contra o vizinho, João Cristino Canteiro, 32 anos, durante uma briga entre o amigo de João e o tio de Wellington, que tem problemas mentais.

Já o segundo, foi neste sábado, depois que Everton Alves Martins, 23 anos, foi cobrar a dívida de R$ 3 mil da venda de um Chevette para o irmão de Wellington, que deveria ter sido paga há quatro meses.

O delegado responsável pelos dois casos, Weber Luciano Medeiros, explica que assim que Wellington baleou a primeira vítima, João Cristino, ele se apresentou alegando que havia atirado porque o jovem empurrou e derrubou o tio no chão, que sofre de deficiência mental.

Quanto à arma usada no crime, ele disse à Polícia que havia perdido durante a fuga do local, de moto. Na época ele prestou depoimento e foi liberado porque não havia mais o flagrante.

Pouco mais de um mês depois, Wellington voltou a se envolver em confusões no bairro. A dívida do carro na verdade era do irmão dele, que depois de ser cobrada, terminou com o antigo dono do Chevette, Everton, baleado.

Na família de João Cristino, a confusão e os disparos foram até surpresa. Segundo relatos da própria vítima a briga não havia sido com ele e sim com um amigo que tem o apelido de Dedé e namora a prima de Wellington.

Primeira vítima, João Cristino, conta que foi apenas conversar com Wellington e que a desavença não tinha sido com ele e sim um amigo. (Foto: Rodrigo Pazinato)
Primeira vítima, João Cristino, conta que foi apenas conversar com Wellington e que a desavença não tinha sido com ele e sim um amigo. (Foto: Rodrigo Pazinato)

Na versão de João, no dia da briga eles estavam em um campo de futebol, quando o tio de Wellington que tem ciúmes da sobrinha, começou a discutir. Durante a briga, houve uma confusão e todos acabaram indo embora.

Pelo histórico de Wellington, a família de Dedé escondeu o rapaz e quem foi conversar na tentativa de amenizar, foi João Cristino. A conversa terminou com o rapaz baleado com três tiros. O pai da vítima, Henrique Canteiro, 66 anos, relembra que no dia a confusão foi tão grande que ele tentou tirar a arma da mão de Wellington. “A intenção dele era de matar o meu filho, ele apontou a arma para matar o João”, reforça.

A irmã de João Cristino, Roseli Canteiro Xavier, 38 anos, chega a falar do medo de entrar e sair de casa. "Ele está solto aí, em menos de dois meses atirou em outra pessoa. É justo a gente viver com medo e o bandido solto?”, pergunta.

A Polícia vai fazer o exame balístico dos dois crimes e confrontar se nas duas tentativas de homicídio foi usada a mesma arma. No primeiro depoimento, Wellington alegou que havia perdido o revólver durante a fuga.

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