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Capital

Preso, cunhado confirma telefonema de Marielly, mas nega envolvimento

Nadyenka Castro e Francisco Júnior | 14/07/2011 15:27

Ele está preso

Hugleice, no meio, entre dois policiais. Ele se apresentou e prestou depoimento nesta quinta-feira. (Foto: João Garrigó)
Hugleice, no meio, entre dois policiais. Ele se apresentou e prestou depoimento nesta quinta-feira. (Foto: João Garrigó)

Preso por suspeitas de envolvimento na morte de Marielly Barbosa Rodrigues, o cunhado dela, Hugleice da Silva, disse à Polícia Civil que recebeu ligação da jovem no dia em que ela desapareceu e negou qualquer envolvimento com o caso.

Hugleice e o enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes tiveram a prisão decretada na terça-feira pela Justiça de Sidrolândia, a pedido da Delegacia de Repressão a Homicídios, que investiga o caso. Jodimar se apresentou ontem, Hugleice na manhã de hoje.

Em depoimento que durou cerca de duas horas, Hugleice contou que por volta das 16h/16h20min do dia 21 de maio, sábado, dia e horário em que Marielly foi vista pela última vez, ela ligou para o celular dele perguntando sobre a mãe dela. Desde então, não se falaram mais.

O marido da irmã de Marielly foi questionado se esteve com ela em Sidrolândia e respondeu que não. Declarou ainda que não conhece a região onde o corpo foi encontrado - um canavial no município distante 71 quilômetros de Campo Grande-, e negou quando o delegado disse. “Nós temos a informação de que você saiu sábado no finalzinho da tarde com a Marielly”.

Hugleice contou que trabalha em uma empresa locadora de veículos e que sua função é buscar os carros onde os clientes os deixam. E devido ao serviço, esteve no dia 10 de junho - um dia antes do cadáver da jovem ter sido encontrado- na região de Maracaju.

Falou também que o mais próximo que esteve de Sidrolândia foi na Fazenda Piana, fazendo buscas pela cunhada, um dia após ela ter desaparecido. Na data, a família se dividiu em grupos e a procurou por vários pontos, segundo Hugleice.

Declarou que antes do corpo ter sido encontrado, a família recebeu várias informações sobre o paradeiro de Marielly, um deles dizia que ela tinha sido vista na avenida Júlio de Castilhos, no fim da tarde do sábado em que desapareceu.

A Polícia questionou o rapaz sobre os veículos que a família possui e ele respondeu que são: uma Van de cor branca, uma caminhonete Mitsubichi de cor verde e uma F-350.

O delegado também pediu para que ele citasse nome de pessoas que conhece e onde elas estão.

Hugleice relatou que soube do desaparecimento da cunhada pela esposa, no dia seguinte, e sobre o corpo pela sogra, um dia após ter sido encontrada, quando ela recebeu uma ligação de um investigador de Polícia Civil de Sidrolândia.

O rapaz foi ainda questionado sobre o porque de não ter ficado no Instituto Médico Legal no dia do reconhecimento do corpo, quando uma policial pediu para que lá permanecesse. Ele respondeu que passou mal e por isso foi embora.

Na versão dele, a policial queria lhe mostrar um par de chinelo semelhante ao que a mãe de Marielly tem. Conforme ele, a policial queria fazer comparação do calçado encontrado com a jovem com o da própria mãe.

De acordo com o delegado Fabiano Nagata, Hugleice respondeu aos questionamentos com tranquilidade e com a prisão dele ficará mais fácil de desvendar o caso.

“Sentimos que ele está colaborando, e isso é importante para as provas e para o caso”, declarou o delegado.

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