Lombadas devem ser substituídas por radares? Participe da enquete
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A discussão sobre segurança viária voltou ao centro das conversas em Campo Grande, especialmente após a reinstalação dos radares eletrônicos em dezenas de pontos da cidade. O tema divide opiniões e rende uma pergunta direta: redutores de velocidade tradicionais, as lombadas, deveriam ser substituídos por radares?
RESUMO
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Os radares voltaram a operar recentemente depois de um período de testes. Assim que foram religados, motoristas passaram a diminuir a velocidade mesmo antes do início das multas. A simples presença dos equipamentos alterou o comportamento no trânsito, segundo relatos coletados em ruas movimentadas da capital. Esse efeito imediato reforça a impressão de que o monitoramento eletrônico funciona como um lembrete permanente para quem insiste em acelerar além do limite.
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Outro ponto favorável é a precisão. Os radares registram infrações automaticamente, sem necessidade de agentes em campo, e permitem fiscalização contínua. Para a gestão de trânsito, isso oferece uma vantagem: mais dados, mais controle e maior capacidade de mapear áreas críticas.
Do outro lado da rua, as lombadas seguem defendidas por moradores que moram perto de escolas, unidades de saúde e áreas residenciais. Elas têm uma qualidade inegável: fazem o motorista reduzir a velocidade na marra. Porém, o efeito é localizado. Passou pela lombada, acelerou de novo. Sem falar nos problemas frequentes quando elas são instaladas fora do padrão, mais altas do que deveriam ou em locais pouco sinalizados.
A discussão ganha força porque cada intervenção no trânsito altera a rotina da cidade. Lombadas podem melhorar a segurança, mas prejudicam o fluxo. Radares melhoram a fluidez, mas geram a eterna suspeita de que seriam apenas arrecadatórios. Essa desconfiança, aliás, não desaparece facilmente, mesmo quando os equipamentos vêm acompanhados de campanha educativa.
Na prática, o cenário que se desenha em Campo Grande é menos sobre “um ou outro” e mais sobre “onde cada um faz sentido”. A combinação das duas ferramentas tende a ser a solução mais equilibrada: lombadas físicas onde a proteção precisa ser imediata, como em frente a escolas; radares nas avenidas de maior tráfego, onde a fiscalização constante é crucial para reduzir acidentes.
A enquete resume bem o sentimento da população: substituir tudo pode não ser a resposta. Mas reorganizar o que existe, escolher melhor onde cada recurso entra e exigir transparência dos órgãos responsáveis é, no mínimo, o caminho mais sensato. Afinal, o trânsito da capital já provou que muda quando alguém está olhando — seja a lombada, seja o radar.


