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Capital

Réus têm penas de 16 a 19 anos por espancamento e morte de preso que traiu PCC

Três colegas de cela de Julian Kenedi da Silva foram condenados pela morte do preso, ocorrida no Natal de 2019

Silvia Frias | 07/07/2022 08:26
Réus têm penas de 16 a 19 anos por espancamento e morte de preso que traiu PCC
Edevaldo (camisa branca) e Junir Fábio estão presos em Dourados e participaram por videoconferência. (Foto: Marcos Maluf)

Os três réus julgados pelo espancamento e asfixia de Julian Kenedi Vilhalva da Silva, dentro de cela do IPCG (Instituto Penal de Campo Grande), foram condenados a penas de 16 a 19 anos de prisão, em regime fechado. Um deles, julgado à revelia, teve a prisão preventiva decretada.

O julgamento aconteceu ontem, na 2ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande.

Silva foi morto aos 31 anos, no dia 25 de dezembro de 2019. A denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) aponta que a vítima foi morta por ter traído o PCC (Primeiro Comando da Capital) e se aliado à facção rival, o CV (Comando Vermelho). também consta nos depoimentos que ele teria tentado repassar sabão como se fosse pasta base de cocaína, causando prejuízo ao PCC.

O preso foi agredido a socos, chutes e pontapés, tendo fraturado costelas e dentes. Depois, foi asfixiado até a morte. No corpo, recebeu inscrição com pasta de dente: “CV” e “Era CV”.

Réus têm penas de 16 a 19 anos por espancamento e morte de preso que traiu PCC
Junior Fábio durante depoimento. (Foto: Marcos Maluf)

Seis presos foram acusados do crime, sendo denunciados por homicídio qualificado por motivo torpe, emprego de meio cruel e sem chance de defesa da vítima e participação de organização criminosa.

Ontem, três foram julgados: Junior Fábio de Jesus Barbosa, 31 anos, o “Mão na Pedra” ou “Treteira”, Edevaldo Carlos Pereira, 39 anos, o “Italiano” ou “Pedreiro”, e Pedro Henrique Gonçalves Benites, 30 anos, o “Peito Queimado”, o último, à revelia, pois não foi localizado para comparecer ao julgamento.

Os jurados levaram em conta a acusação que apontava os três homens como participantes da sessão de espancamento do preso. Edevaldo Pereira recebeu a maior pena, por conta de condenações anteriores e circunstâncias judiciais (do crime, culpabilidade e motivo). Foi condenado a 16 anos de prisão pelo homicídio qualificado e 3 anos e 7 meses por integrar organização criminosa, totalizando 19 anos, 7 meses e 15 dias-multa.

Junior Fábio Barbosa e Pedro Henrique receberam penas de 16 anos e 6 meses pelo homicídio e por integrarem organização criminosa. No caso do último, o juiz Aluizio Pereira dos Santos ainda decretou a prisão preventiva, já que as penas devem ser cumpridas já em regime fechado.

Réus têm penas de 16 a 19 anos por espancamento e morte de preso que traiu PCC
Escrita com pasta de dente denunciou traição como motivo da morte de Julian. (Foto: Reprodução)

Réu confesso – Ainda conforme denúncia, outros três presos também participaram do homicídio, mas apenas um deles foi condenado: Otávio Gomes da Cruz Pereira, 32 anos, o “Hippie” ou “Galo”, que confessou o crime.

No dia 19 de fevereiro de 2021, “Galo” foi julgado e condenado a 19 anos e 11 meses de reclusão e 20 dias-multa. Os outros dois, Leandro Carrilho de Abreu, 29 anos, o “Neguinho”, e Marco Antônio Gonçalves de Souza Neto, 32 anos, o “Farinha” ou “Marquinho”, foram absolvidos, por falta de provas.

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