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Cidades

Com 500 casos de câncer por ano, ato alerta para diagnóstico precoce

Luciana Brazil e Aliny Mary Dias | 01/10/2013 11:08
Voluntárias saem às ruas para conscientizar mulheres sobre o câncer de mama. (Fotos: Cleber Gellio)
Voluntárias saem às ruas para conscientizar mulheres sobre o câncer de mama. (Fotos: Cleber Gellio)

Por ano, cerca de 500 novos casos de câncer de mama são diagnosticados no Estado, segundo o oncologista Fabrício Silva, que realiza atendimentos na unidade móvel do Hospital do Câncer Alfredo Abrão de Campo Grande.

Conforme o médico, quando o câncer é diagnosticado precocemente as chances de cura chegam a 90%. Porém, se a doença for descoberta tardiamente a estatística é pessimista. “Quando a descoberta é feita tarde existem 80% de chance de morrer. As chances de cura são de apenas 20%”.

Na tentativa de conscientizar a população, mais de 40 mulheres da Rede Feminina de Combate ao Câncer, do Hospital do Câncer, participaram na manhã de hoje (1) da caminhada que abriu a campanha internacional “Outubro Rosa”.

As voluntárias do movimento saíram pelas ruas da Capital distribuindo folhetos explicativos, balões e laçinhos cor de rosa, cor que simboliza mundialmente a luta contra o câncer de mama.

A pé, as mulheres seguiram do Hospital do Câncer até a Praça Ari Coelho escoltadas por batedores da PM (Polícia Militar). No cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua 14 de Julho, os motoristas foram abordados pelas voluntárias.

Segundo a diretora presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer, Cleuza Vasconcelos, o movimento internacional, liderado pela Rede na Capital, foca ainda mais no combate ao câncer durante este período do ano.

“A intenção é conscientizar mulheres sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer, em especial o de mama”.

Durante a semana são realizados na unidade móvel (ônibus) do Hospital do Câncer cerca de 60 exames de mamografia. Em outubro, a expectativa é que o número aumente em 40%. O ônibus faz parte de um projeto inovador que teve início no fim de 2011. A unidade faz atendimentos na Capital, de segunda a sexta-feira e nos fins de semana no interior.

Para fazer a mamografia na unidade móvel, a mulher precisa ter o encaminhamento feito pelo posto de saúde. “Qualquer mulher pode ir ao posto e pedir o encaminhamento. É só levá-lo no ônibus do Hospital do Câncer para ser atendida”.

Além dos exames, as mulheres recebem orientações de como fazer o auto-exame.

Hoje recuperada, Carmen dá depoimentos e ajuda outras mulheres.
Hoje recuperada, Carmen dá depoimentos e ajuda outras mulheres.
Cleuza, a diretora presidente da Rede Feminina, lembra que a intenção é o combate e o diagnóstico precoce.
Cleuza, a diretora presidente da Rede Feminina, lembra que a intenção é o combate e o diagnóstico precoce.

Na segunda semana do Outubro Rosa, a ação será levada para o CEM (Centro de Especialidades Médicas), onde as voluntárias também atuarão na conscintização. Na terceira semana, as orientações serão na UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) do bairro Universitário.

Durante todo mês de outubro, os exames de mamografia serão realizados todos os sábados, até às 19 horas, no Hospital do Câncer.

Voluntárias - A maior parte das pessoas que se voluntaria no movimento já teve algum tipo de experiência com a doença. Mas a aposentada Carmen Reis, 73 anos, tem uma história diferente. Há 18 anos como voluntária na Rede, Carmen começou a participar depois de conhecer o projeto e se interessar pela ação.

Quatro anos depois de se inscrever como voluntária, Carmen descobriu o câncer na mama esquerda. Por descobrir precocemente, ela conseguiu vencer a doença. “Fiz radioterapia, mas não precisei fazer a quimioterapia porque descobri no começo”.

Carmen precisou tirar a mama esquerda, mas preservou a vida. “Agora consigo ajudar mais pessoas porque eu passei por isso. Dou meu depoimento para as mulheres. Comecei a dar mais valor à vida depois da doença. Tive uma recuperação tranquila e com o apoio da família tudo fica mais fácil”.

Ela ressalta a importância de todas as mulheres fazerem o exame. Segundo a presidente da Rede, a partir dos 16 anos as pessoas já podem fazer o exame. “As pessoas pensam que só que é mais velha deve fazer e não é assim. A partir de 16 anos, a mulher já pode fazer a mamografia”.

Outubro Rosa - É um movimento popular de combate ao câncer de mama que começou em 1977 nos Estados Unidos. O movimento acontece todos os anos para estimular a participação da população no combate à doença. Em Campo Grande, a Rede Feminina é que desenvolve as ações do Outubro Rosa.

A Rede é uma entidade beneficente, sem fins lucrativos, formada por uma equipe de 40 voluntárias,q ue atende 400 pacientes por mês.

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