Réus que queimaram homem vivo são condenados a 21 e 28 anos de prisão
No dia 23 de março do ano passado, a vítima foi espancada, arrastada por cerca de 30 metros, jogada em um bueiro e queimada viva
A justiça de Rio Negro condenou Eric Vinícius dos Santos Lopes e Klismann Henrique Oliveira da Silva, a 21 e 28 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de Gilmar Alves de Oliveira, de 45 anos. O julgamento aconteceu nesta quinta-feira (1ª) no Tribunal do Júri do município - a 144 quilômetros de Campo Grande.
Os suspeitos, de 22 e 23 anos, que estavam presos no Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, o Presídio de Segurança Máxima da Capital, foram escoltados até Rio Negro nesta manhã e condenados pelo júri no fim desta tarde por homicídio qualificado.
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Conforme apurado pelo Campo Grande News, Eric foi sentenciado a 21 anos de prisão em regime fechado, enquanto Klismann Henrique, que já responde por tentativa de homicídio e furto, acabou condenado a 28 anos de detenção, no mesmo regime que o comparsa.
O crime - De acordo com os autos, a vítima foi espancada, arrastada por cerca de 30 metros, jogada em um bueiro e queimada viva pelos réus. O caso aconteceu na madrugada do dia 23 de março do ano passado, na Avenida Brasil, próximo ao bar do Sérgio.
No dia do crime, de acordo com inquérito policial, os acusados passaram à tarde consumindo bebida alcoólica e à noite foram até o bar onde encontraram Gilmar, que também estava bêbado.
No local, os três discutiram e Gilmar foi agredido com socos e chutes. Caída no chão, a vítima foi arrastada até um bueiro, ao lado do cartório eleitoral. Depois de algum tempo, Gilmar tentou se levantar, mas foi novamente ferido pelos acusados.
Ele teve parte do corpo colocado dentro do bueiro e permaneceu preso enquanto os acusados foram até um posto de combustível próximo para tentar comprar gasolina. No local estavam um frentista e o proprietário, que foram ameaçados e agredidos depois de se recusarem a fornecer o combustível.
As vítimas foram agredidas pela dupla que roubou gasolina da bomba. Eric permaneceu no posto de combustível para garantir que a polícia não seria acionada, enquanto Klismann retornou ao local em que a vítima estava e ateou fogo nela, ainda com vida.