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Cidades

Seguranças fazem piquetes em bancos e PM é acionada

Redação | 16/04/2009 08:50

Os funcionários de empresas privadas que fazem segurança e transporte de valores para bancos em Campo Grande montaram piquetes nas principais agencias centrais e alegam que estão sendo coagidos.

O presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Segurança e Vigilância de Transporte de Valores de Campo Grande e Região, Celso Adriano Gomes, afirma que o Cigcoe foi acionado para garantir segurança nos bancos e que a ação conta com apoio da Polícia Federal.

Está confirmado que o sindicato patronal enviou ao governo ofício informando da greve e que a questão se tornou de segurança pública. Porém, não está confirmado se a PM vai intervir.

Por Lei, os bancos não podem funcionar sem sistema de segurança. Os grevistas concentraram os piquetes nos três principais bancos da área central, Banco do Brasil da Afonso Pena, Banco do Brasil da 13 de maio, no cruzamento com a rua Dom Aquino e a Caixa Econômica da rua 13 de maio com a Marechal Rondon. A intenção é impedir que funcionários que não aderiram "furem" a greve.

Para Celso, as empresas não se esforçaram para impedir a greve "porque sabiam que teriam apoio do governo".

Já o presidente do sindicato patronal, Francisco Assis de Moura, garante que a negociação foi tentada a todo momento. Ele explica que a categoria pedia 18% de reajuste e a oferta foi de 7%, acima da inflação acumulada nos últimos 12 meses, de 6,4%. Em reunião no MPT (Ministério Público do Trabalho), diz, foi sugerido aumento de 10%, a exemplo de 2008, mas "a categoria não se manifestou".

O empresário alega que é impossível conceder reajuste nos patamares pleiteados porque isso inviabilizaria a atividade. Ele afirma que o cliente não aceitaria o repasse do aumento e, por conseqüência, haveria desemprego no setor. "Se aumentarmos o valor para o cliente ele vai dispensar o serviço", argumenta.

O custo de 30 dias de monitoramento para a empresa é de no mínimo R$ 3,4 mil, considerando que são necessários pelo menos dois seguranças para se revezarem na escala de plantão. Cada um tem salário de R$ 617,00, que somado a adicionais e tíquete chega a R$ 800,00. A isso, explica o empresário, são somados o material, como coletes a prova de bala, seguro de vida e curso. Ainda hoje o setor patronal fará uma reunião para avaliar a greve.

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