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Em Pauta

Mercado de produtos eróticos e motéis provam que setor é lucrativo

Mário Sérgio Lorenzetto | 22/10/2013 07:45
Mercado de produtos eróticos e motéis provam que setor é lucrativo

Produtos eróticos rendem até R$ 1 milhão anuais

Todos em plena forma de saúde e que estejam acima de 18 anos fazem ou ao menos deveriam. Sexo é o motivo de você estar lendo essa coluna. Não fosse ele, seriam alguns milhares de anos até que cientistas aperfeiçoassem a clonagem para eliminar o contato entre macho e fêmea como elemento primordial de reprodução humana. Como ainda estamos distantes dessas divagações científicas, permanecemos com a verdade de que sexo existe e rende dinheiro, R$ 1 bilhão, para ser específico, somente no ano passado. Os dados são da Abeme (Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual), que no início do ano atou na 20ª edição da Erótika Fair, feira internacional do setor.

Os motivos para o impulso no crescimento do mercado erótico do país têm várias explicações e a principal delas está no lançamento em 2011 da trilogia Fifty Shades of Grey (50 Tons de Cinza), da inglesa E.L James e que, vai ganhar o cinema até o próximo ano sob a responsabilidade da Universal. O livro traduz a saga de Anastasia Steele, uma típica jovem norte-americana virgem aos 21 anos e que vive um romance com um multimilionário Christian Grey, 27. Questionamentos à parte, o pornô água, açúcar e afeto rendeu e ainda rende muito dinheiro não só à indústria editorial, mas a todo o mercado erótico do mundo, do Brasil e, também, de Campo Grande.

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Boutique Labareda capacita colaboradores para ajudar cliente reduzir tabu

O varejo do sexo na Capital é outro com a chegada marca Labareda, que conta com dez lojas físicas, que você conhece como sex shops e uma boutique erótica. A gerente de compras e RH da empresa, Karina Brum, enfatiza que também existe o trabalho de venda direta, consolidado por meio de capacitação dos vendedores, que ela chama colaboradores. “Capacito nossas colaboradoras para venderem bem e melhor, visando estimular a qualidade de vida de nossos clientes, desmistificando mitos e orientando a usar cosméticos sensuais de forma eficaz. A visão empresarial é de fazer com que nossos clientes tenham qualidade em sua vida sexual e afetiva, tornando-a mais alegre e prazerosa, primando sempre pela discrição e sigilo absoluto”, explicou à coluna Em Pauta.

Entre os desafios de quem vive desse mercado está o de transpor tabus relacionados ao sexo. Para tanto, os colaboradores são orientados a prestar atendimento de forma a evitar que os clientes sintam qualquer tipo de constrangimento ou vergonha. Por enquanto, tem dado resultado e a marca estuda a abertura de franquias. Karina revela que a preferência do campograndense está em brinquedos de luxo, acessórios, cosméticos e lingeries. As fantasias também têm boa aceitação. Para auxiliar os clientes, uma sexóloga entra no jogo em auxílio à clientela. Karina enfatiza que o mercado está aquecido, mas aconselha a quem quiser aventurar-se a estudar o setor, como deve ocorrer em qualquer segmento.

Mercado de produtos eróticos e motéis provam que setor é lucrativo

Motéis estão de olho no filão da hospedagem e buscam incentivos oficiais

Enquanto as boutiques eróticas mergulham fundo no mercado com vendas presenciais, virtuais e diretas, outro segmento parte da intimidade do quarto para tentar faturar. Os motéis querem deixar para trás a chancela de lugares exclusivos para o sexo e se preparam para oferecer serviços de hospedagem tradicionais, como já ocorre nos EUA. No primeiro semestre, a ABMoteis (Associação Brasileira de Motéis) apresentou carta ao Ministério do Turismo na expectativa de integrar a discussão do meio hospedagem. O objetivo é melhorar os estabelecimentos e pegar carona nos dois principais eventos do esporte mundial, a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

No modelo atual, os cerca de 5 mil motéis do país movimentam em média R$ 4 bilhões anuais e geram 250 mil empregos diretos cada, conforme previsão da ABMotéis. Como a previsão é faturar mais, a carta também foi entregue ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) visando a possibilidade de financiamento por meio do órgão oficial. Pelo projeto da associação, 15% da infraestrutura dos estabelecimentos ficariam disponíveis para o sistema de hospedagem tradicional. O restante permaneceria no sistema rotativo, de até 3 horas de permanência em cada quarto ou pernoite, para agradar aos pombinhos.

Setor promete adaptações para receber clientes diferenciados

Quem arregala os olhos ao ler isso pode pensar: mas daria certo? A associação garante que sim porque o projeto apresentado ao Ministério do Turismo prevê medidas como bloqueio aos canais pornográficos, simplicidade na decoração dos quartos, retida do apelo erótico e exclusividade nos serviços de atendimento por funcionários. É assim que o segmento pretende crescer até 20% ao ano, caso consigam capacitação para pleitear financiamento junto ao BNDES e redução da cesta de impostos.

Nos últimos dois anos, o setor demonstrou que está preparado para adaptações ao mercado com a realização, em 2012, do 1º Congresso Brasileiro de Motéis. A segunda edição ocorreu em setembro deste ano, além da 1ª Motel Design e da 1ª feira de gastronomia para motéis. Vontade para crescer, sem trocadilhos, existe.

Nos últimos dois anos, o setor demonstrou que está preparado para adaptações ao mercado com a realização, em 2012, do 1º Congresso Brasileiro de Motéis. A segunda edição ocorreu em setembro deste ano, além da 1ª Motel Design e da 1ª feira de gastronomia para motéis. Vontade para crescer, sem trocadilhos, existe.

Mercado de produtos eróticos e motéis provam que setor é lucrativo
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Os empregos ainda não morreram. As aposentadorias passarão por uma revolução.

As previsões feitas durante os anos 90 sobre a morte do emprego e o fim das carreiras se revelaram prematuras. A maioria das carreiras está viva e bem, e não há evidências que demonstrem que desaparecerão senão daqui a muitas décadas. O mercado de trabalho está se modificando, algumas carreiras estão desaparecendo e outras surgindo, pessoas entrando na atividade remunerada mais tarde, deixando o emprego para o qual se qualificaram na universidade ou mudando para outros trabalhos bem antes da aposentadoria.

A aposentadoria, aliás, está passando por sua própria revolução à medida que as economias industrializadas vergam sob o peso social crescente do aumento da longevidade, alcançado graças aos avanços na assistência médica. Os mais idosos estão passando para um limbo entre a semi-aposentadoria e a plena aposentadoria, sendo assaltada por um sentimento de frustração por acreditar que ainda tem alguma coisa para dar.

Os governos tem sido lentos para enfrentar essas questões. A Finlândia está adotando o conceito de gestão por idade, estabelecendo incentivos para os empregadores proporcionarem um ambiente de trabalho adequado às necessidades e aspirações dos trabalhadores mais velhos.

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Trabalhar em casa ou na empresa. Dilema do mundo pós-moderno.

Uma notícia abalou o mundo da alta tecnologia. Uma nova presidenta do Yahoo, Marissa Mayer, emitiu uma ordem proibindo qualquer funcionário da empresa de trabalhar remotamente de casa.

A maioria das pessoas pareceu reagir à natureza categórica da decisão de Marissa – por que a medida deve atingir todos os funcionários indistintamente? – e à ironia do fato do Yahoo ser uma empresa de alta tecnologia. Até então, o direito de trabalhar em casa era sagrado no Yahoo.

O prêmio Nobel de Economia em 1991, o britânico Ronald Coase, definiu que a vantagem de uma empresa era que ela permitia reduzir os custos das transações. Custos de encontrar trabalhadores, atribuir-lhes tarefas, avaliar a produtividade e estabelecer salários. Agora, quando os custos das transações estão mais baixos, o principal benefício de trabalhar em um ambiente corporativo é que as interações físicas promovem uma cultura organizacional e aumentam a criatividade. Marissa não ordenou que todos voltassem ao escritório porque alguns não estavam trabalhando e sim porque muitos deles não estavam trabalhando juntos.

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A ameaça da blenorragia (gonorreia) incurável está emergindo rapidamente

Dados do Ministério da Saúde confirmam – a blenorragia atinge mais de um milhão e meio de brasileiros por ano. É a segunda DST (Doença Sexualmente Transmissível) mais comum. Perde apenas para a Clamídia que atinge quase 2 milhões de pessoas por ano.

A blenorragia é a primeira das maiores doenças sexualmente transmissíveis a se aproximar sorrateiramente da incurabilidade. A clamídia e a sífilis, as outras duas DSTs mais comuns, não desenvolveram resistência significativa aos antibióticos.

Uma vez que os antibióticos se tornaram acessíveis, blenorragia e sífilis pareciam desafios resolvidos. Nenhuma delas foi derrotada. A blenorragia sobreviveu ao pegar DNA de outras bactérias para construir novas defesas, algo semelhante a colocar em seu corpo uma armadura contra as armas (ainda desconhecidas) dos antibióticos. Ela foi ganhando resistência contra classes inteiras de antibióticos: nos anos 60 as penicilinas foram derrotadas pelas bactérias da blenorragia (Neisseria gonorrheae), depois as tetraciclinas na década de 80 e, por fim, a Cipro e seus primos químicos, na década de 90. Em 2000, a única classe de medicamentos que conseguia fornecer uma estratégia de saúde pública confiável – barato, administrável em uma só dose e funcionando bem – era a das cefalosporinas.

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Era... já não surte o efeito desejado

A resistência às cefalosporinas surge no Japão há pelo menos uma década. Em 1999, médicos em Kitakyushu, no sul do Japão encontraram dois homens infectados por blenorragia que não respondiam às doses normais de cefalosporinas. Em dois anos, mais casos de resistência apareceram. A velocidade das viagens internacionais permitiu que a mutação da bactéria resistente se espalhasse pelo mundo. A cefixima, uma cefalosporina oral deixou de funcionar. Outra injetável, só funciona com doses quatro vezes maiores do que era antes.

Quando a resistência surgir completamente a última cefalosporina, a blenorragia poderá ficar para sempre com suas complicações perigosas – doenças inflamatórias da pélvis, infertilidade, infecção da próstata, meningite,miocardite....

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Combate efetivo à hipertensão orgulho e vergonha nacional

A hipertensão começou a ser combatida com precisão quando um russo, Nicolai Sergeivich Korotkoff, inventou o aparelho que até hoje mede a pressão arterial, no final do século XIX. Ao menos 30% dos brasileiros sofrem de hipertensão. Entre os que têm 55 anos até 64 anos, atinge metade dos brasileiros. Acima de 65 anos, em torno de 60% têm hipertensão. Ela também é racista, atinge duas vezes mais as pessoas de pele escura por razões ainda não explicadas.

Uma equipe de cientistas brasileiros, em 1949, tendo como líder Maurício Rocha e Silva da USP (Universidade de São Paulo), descobriu que mamíferos cobaias, quando injetados com veneno de jararaca, reagiam liberando um vasodilatador na corrente sanguínea. A substância que está no veneno da jararaca, até então desconhecida, foi batizada de bradicinina. Mais tarde, Sérgio Henrique Ferreira também da USP, demonstrou que, além da enzima, que libera a substância vasodilatadora, o veneno continha um fator potencializador de bradicinina (BPF). Esse BPF é capaz de reduzir ainda mais a hipertensão.

Essas descobertas foram, durante muito tempo, motivo de orgulho da medicina brasileira. Foram. O BPF foi sintetizado por uma indústria farmacêutica americana para produzir um medicamento que hoje importamos. Preciso qualificar como vergonha?

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Uma delegacia para os pets

Preocupado com o bem-estar dos pets, o famoso craque Bebeto não se conforma com o aspecto predominantemente comercial que vem dominando certos setores do pet-business brasileiro que falham ao não informar detalhadamente aos compradores o trabalho e a despesa que cães e gatos dão para poderem ser criados com conforto e segurança. O resultado é que o abandono desses animais cresce em escala geométrica. Para lutar contra essa desumanidade o deputado Bebeto propôs ao governador do Rio de Janeiro, Eduardo Cabral, a criação de uma Delegacia Especializada na Proteção dos Animais.

O Brasil é o segundo mercado de animais de estimação sendo superado apenas pelos EUA. Trata-se de um mercado bilionário cujo faturamento em produtos e serviços atingiu em 2012 a cifra de R$14,2 bilhões. A estimativa é que o Brasil dispõe de 37 milhões de gatos e 21 milhões de cães. Haja pet shop para tantos animais.

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