ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 23º

Direto das Ruas

Após cirurgia, pai reclama de falta de médico e descaso com filho recém-operado

Segundo o pai da criança de 11 anos, o filho chora devido a forte dor e não conseguia dormir

Mariana Rodrigues | 08/05/2021 13:39
Elifaz Lima Monteiro, 11 anos, passou por duas cirurgias e segundo o pai, apesar das fortes dores, foi medicado com dipirona, e foi informado que médico no hospital só na segunda-feira. (Foto: Direto das Ruas)
Elifaz Lima Monteiro, 11 anos, passou por duas cirurgias e segundo o pai, apesar das fortes dores, foi medicado com dipirona, e foi informado que médico no hospital só na segunda-feira. (Foto: Direto das Ruas)

O músico Enoque Monteiro de Moraes, 40 anos, está desesperado com o filho internado, chorando de dor e sem atendimento médico neste sábado (8). A criança de 11 anos internou para operar da apendicite, recebeu alta e começou a sentir fortes dores na perna. Ontem precisou operar para retirar líquido que se acumulou e agora não há médicos no Hospital Regional de Aquidauana, cidade distante a 135 quilômetros de Campo Grande para examinar o menino que chora de dor.

Conforme informou Enoque, seu filho Elifaz Lima Monteiro, 11 anos, deu entrada no hospital no dia 02 de abril para uma cirurgia de apendicite, recebeu alta e após uma semana voltou ao hospital. “Já estava todo inchado e o local da cirurgia infeccionado. O médico abriu um ponto para retirar o líquido e depois mandou pra casa”, conta.

O menino continuou com dor na perna esquerda na altura do quadril, não conseguia andar, foi levado ao hospital novamente onde ficou quatro dias em observação tomando antibiótico e passou por exames médicos. Também foi pedido um exame de ultrassom que a família fez de maneira particular e como não tinha todo o dinheiro, fizeram uma vaquinha para pagar o valor de R$ 380.

“Ficou internado mais quatro dias tomando antibióticos, mas não melhorou. Fez mais exames e pediram mais outro ultrassom”, conta. Elifaz foi diagnosticado no primeiro ultrassom com sinuvite transitória do quadril bacteriana, problema inflamatório, que envolve a articulação do quadril e depois em um segundo exame com artrite séptica de quadril.

Pai alega que não foi feita a troca do curativo da criança que já estava vazando. (Foto: Direto das Ruas)
Pai alega que não foi feita a troca do curativo da criança que já estava vazando. (Foto: Direto das Ruas)

Ontem ele entrou no centro cirúrgico por volta das 13h e fez a cirurgia, considerada simples, segundo informações repassadas pelo pai, às 16h para drenar o liquido que ficou acumulado entre a coxa e o quadril esquerdo. “Ele saiu da cirurgia e não conseguia dormir de dor, só passaram dipirona e antibiótico. O médico responsável por ele disse que iria viajar e que outro ficaria no lugar nesse final de semana, mas ninguém apareceu”.

Ainda conforme informações de Enoque, o médico responsável não foi até hospital e ao questionar a enfermeira sobre a troca do curativo que estava vazando, a mesma disse que não tinha autorização para esse procedimento. “Perguntei e ela disse que o médico só vem na segunda-feira, como meu filho vai ficar sem trocar curativo e chorando de dor até segunda-feira?”, questiona. Ele também contou que procurou uma assistente social neste sábado (8) e não tinha pela manhã no hospital.

A assessoria do hospital informou que a troca do curativo não havia sido feita, pois não tinha passado o período transcrito pelo médico cirurgião. A criança passará por nova avaliação pelo médico plantonista que irá verificar se o menino precisa de uma nova medicação além da já prescrita, pois, ainda segundo a assessoria a dor seria por conta dos efeitos da anestesia que já estava acabando, mas que o paciente estava recebendo todo atendimento necessário e está evoluindo bem ao tratamento.

Direto das Ruas – A denúncia chegou ao Campo Grande News por meio do canal Direto das Ruas, meio de interação do leitor com a redação. Quem tiver flagrantes, sugestões, notícias, áudios, fotos e vídeos pode colaborar no WhatsApp pelo número (67) 99669-9563.

Clique aqui e envie agora uma sugestão.

Para que sua imagem tenha mais qualidade, orientamos que fotos e vídeos devem ser feitos com o celular na posição horizontal.

**Matéria atualizada às 14h46 para correção de informação.

Nos siga no Google Notícias