ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
JULHO, QUINTA  17    CAMPO GRANDE 16º

Economia

Frigoríficos mantém rotina de produção e apostam agora no mercado interno

Setor descarta demissões e mantém rotina de abates, apesar do tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump

Por Ketlen Gomes | 17/07/2025 14:22
Frigoríficos mantém rotina de produção e apostam agora no mercado interno
O abate em frigoríficos do Estado deverá permanecer inalterado. (Foto: Arquivo/Semadesc)

Apesar do ataque ao agro brasileiro, frigoríficos garantem que nada mudou na rotina em Mato Grosso do Sul. Os abates seguem normalmente, sem plano de enxumgamento a curto prazo. “O que acontece é que todos os frigoríficos que exportavam para os Estados Unidos não reduziram o abate. Eles já redirecionaram a produção para outros mercados, e ninguém parou”, afirma o vice-presidente do Sicadems (Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul), Alberto Sérgio Capuci.

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

Frigoríficos de Mato Grosso do Sul estão redirecionando a carne que seria exportada aos Estados Unidos após o anúncio do aumento de 50% nas tarifas sobre produtos brasileiros. Segundo o Sicadems, a maior parte da produção será absorvida pelo mercado interno brasileiro. O vice-presidente do sindicato, Alberto Sérgio Capuci, afirma que não houve redução nos abates e a produção está sendo destinada a outros mercados, como China, Chile e Oriente Médio. A situação deve impactar temporariamente os preços nos supermercados, sem afetar a produção ou gerar demissões no setor.

Após o anúncio de aumento de 50% nas tarifas dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, frigoríficos de Mato Grosso do Sul têm se reorganizado para redirecionar a carne que seria exportada ao país norte-americano. Segundo ele, a maior parte da produção destinada aos EUA será absorvida pelo mercado interno.

Além do redirecionamento para destinos como China, Chile e países do Oriente Médio, Capuci reforça que o mercado interno brasileiro deve absorver grande parte da carne que seria exportada. Isso tende a impactar, ainda que temporariamente, os preços nos supermercados.

“Houve um ‘esfriamento’ na demanda, tanto no mercado interno quanto externo, para forçar a queda no preço da carne. As grandes redes brasileiras saíram do mercado de compra justamente para baixar os valores. Isso gera um impacto em toda a cadeia, mas é momentâneo e não deve afetar a produção”, explica.

Capuci esclarece ainda que não houve proibição de abates nem suspensão por parte do Brasil nas exportações de carne aos Estados Unidos. A suspensão ocorreu por parte dos importadores norte-americanos, que arcarão com a nova tarifa. “Eles é que não vão conseguir absorver os custos lá. Não é o Brasil que deixou de vender”, destaca.

Embora nem todos os frigoríficos de Mato Grosso do Sul estejam habilitados a exportar aos EUA, Capuci reforça que não houve queda no volume de abates. Ele também garantiu que, ao menos no que diz respeito ao abate de carne bovina, não haverá demissões, pois o setor já enfrentava déficit de mão de obra.

Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.

Nos siga no Google Notícias