ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SÁBADO  20    CAMPO GRANDE 21º

Economia

Governo libera importação de feijão para combater alta do preço

Anny Malagolini | 22/06/2016 12:53
Na Capital, o preço do feijão chega a R$ 12 (Foto: Alcides Neto)
Na Capital, o preço do feijão chega a R$ 12 (Foto: Alcides Neto)

Para combater a alta de preço do feijão no país e baixar o custo da venda nos mercados brasileiros, o presidente em exercício Michel Temer anunciou hoje (22), o aumento da importação do produto de países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Paraguai e Bolívia.

O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, ainda não descartou a possibilidade de que o cereal passe a ser importado também do México e China para que os preços não aumentem ainda mais.

Ele também garantiu que irá conversar com as principais redes de supermercado do país, que comprem o produto onde há maior oferta, e que assim, haja queda do preço final para o consumidor. “Tenho me envolvido nas negociações com os cerealistas, com os grandes supermercados, para que eles possam fugir do tradicional que se faz no Brasil, e ir diretamente à fonte onde tem esse produto e trazer. E, à medida que o produto vai chegando ao Brasil, nós temos certeza de que o preço cederá na medida em que o mercado for abastecido”, propôs, o ministro.

De acordo com o Instituto Brasileiro do Feijão, a alta é resultado de problemas climáticos, principalmente no centro-oeste, que perdeu praticamente toda a safra. O aumento se deve à seca em grande parte dos estados que produzem o grão. Com isso, houve queda na oferta e, com o aumento da demanda, os preços acabaram subindo. Até maio deste ano, o preço do feijão subiu 33,49%. O acumulado dos últimos 12 meses chega a 41,62%.

O aumento de preços atinge o prato típico dos brasileiros, o feijão com arroz, e dificulta dificulta principalmente a vida dos consumidores de baixa renda, que, acuados pela recessão e pelo desemprego, cortam a compra de itens supérfluos no supermercado.

Em Campo Grande, o quilo do produto que antes custava em média R$ 5, agora chega a custar R$ 12,98. E quem precisa servir o produto todo dia, já enfrenta as dificuldades da alta, como a comerciante Valentina Aparecida Moreira, proprietária de um restaurante na Capital.

Segundo ela, a alta do feijão ainda não gerou prejuízos, mas contou que é preciso criar alternativas para isso. “Ainda não aumentei o preço das refeições, mas tentamos inovar no cardápio. No local, a refeição em seu comércio é vendida a R$ 10, e o valor deverá ser mantido: “Não tem como fazer o cliente pagar mais, o jeito é se virar nos 30”, amenizou.

Nos siga no Google Notícias