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Economia

MS pode vender soja, peixes e carnes para os países do sudeste asiático

Embaixadores do Mianmar, Indonésia, Malásia, Tailândia e Vietnã estão conhecendo potencialidades e Rota Bioceânica

Rosana Siqueira | 14/02/2020 18:05
Embaixadores asiáticos e autoridades de MS estiveram reunidos agora a tarde. (Kisie Ainõa)
Embaixadores asiáticos e autoridades de MS estiveram reunidos agora a tarde. (Kisie Ainõa)

Soja, aves, peixes e carne suína são alguns dos produtos sul-mato-grossenses com potencial de exportação para a ASEN (Associação das Nações do Sudeste Asiático), que tem cinco embaixadores dos países de Mianmar, Indonésia, Malásia, Tailândia e Vietnã, visitando o Mato Grosso do Sul. O grupo está acompanhado do ministro de carreira diplomática João Carlos Parkinson e dos embaixadores brasileiros Maria Izabel Vieira, Adalnio Senna Ganem e Marcos Arbizu. Mas para fidelizar esta parceria o Estado terá que agilizar a Rota Bioceânica. 

Este foi um dos pontos debatidos hoje numa série de reuniões para apresentar aos representantes asiáticos o Mapa de Oportunidades do MS e também a Rota Bioceânica. Pela manhã eles foram recebidos pelo governador Reinaldo Azambuja e à tarde reuniram-se na Fiems com o presidente da entidade Sérgio Longen o secretário de Meio Ambiente, Jaime Verruck, o presidente da Famasul, Maurício Saito entre outras autoridades. Amanhã eles visitarão propriedasdes rurais próximas da Capital.

A maioria dos embaixadores dos países asiáticos está pela primeira vez no Estado. Eles fazem parte da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), um bloco econômico que conta ainda com Brunei, Camboja, Singapura, Filipinas e Laos. Papua-Nova Guiné e Timor Leste também participam como países observadores.
Juntos, os países da Asean possuem 700 milhões de habitantes, PIB (Produto Interno Bruto) de US$ 3,1 trilhões e importou o correspondente a US$ 20 bilhões em produtos do Brasil no ano passado.

“Esperamos cada vez mais estreitar relações com o sudeste asiático. Os embaixadores vão ter a oportunidade de conhecer as potencialidades do nosso estado e da nossa região. Essa conectividade e integração da bioceânica, além de conectar a América do Sul, ainda encurta distância para a Ásia, barateia o comércio, o ir e vir de mercadorias entre os países”, afirmou Reinaldo Azambuja.

Para o presidente do bloco, Myon Tint, o corredor bioceânico é uma oportunidade de estreitar as relações com Mato Grosso do Sul. “Espero entender melhor o corredor bioceânico para podermos estabelecer relações de comércio, agricultura e investimentos”, disse.

A embaixadora Maria Izabel Vieira afirmou que os países do bloco somados são o 4º maior parceiro comercial do Brasil. “Quando se pensa em Ásia, esses países do sudeste precisam ser mais conhecidos por nós”.

A visita a Mato Grosso do Sul surgiu de uma visita diplomática ao senador Nelsinho Trad, que é presidente da Comissão de Relações Exteriores. O senador destacou que o grupo veio ao Mato Grosso do Sul para obter informações sobre a Rota Bioceânica e suas consequências para a relação comercial do Brasil com os países asiáticos.

De acordo com o senador, a reunião surgiu a partir da demanda dos embaixadores para mais informações sobre a rota e está sendo articulada conjuntamente pelo Governo do Estado, a Comissão de relações exteriores do Senado Federal, por meio do senador Nelson Trad Filho e a Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul).

“Os embaixadores que estão hoje aqui tem uma representatividade em Brasília e cada um foi convidado para que pudesse conhecer a Rota bioceânica, que quando pronta levará produtos o Brasil para o continente asiático. Estão aqui embaixadores do Miamar, Indonésia, Malásia. Filipinas, Tailândia e Vietnã. Tudo isso é muito importante porque vai mudar completamente o perfil econômico do MS”, frisou Trad.

Ele lembrou que esta rota saindo de Porto Murtinho atravessando o rio Paraguai indo até Carmelo Peralta no Paraguai, passando por Salto na Argentina e chegando até o porto de Antofagasta no Chile vai reduzir em 40% o valor do frete. “Além disso esta rota diminui em 15 dias o tempo de viagem e 8 mil quilômetros marítimos a menos”, esclareceu o senador.
“O custo do produto que sai daqui para chegar lá vai cair muito e isto desperta o interesse dos asiáticos que importam produtos de outros”, frisou.

Secretário Jaime Verruck destacou a importância da rota para viabilizar s parcerias. (Kisie Ainõa)
Secretário Jaime Verruck destacou a importância da rota para viabilizar s parcerias. (Kisie Ainõa)

Parcerias – De acordo com o presidente da Fiems, Sérgio Longen o Estado já tem um mapa de Oportunidades e agora precisa estreitar estas relações. “São países que MS tem relação comercial e precisamos agora a partir da decisão e hoje fomentarmos estes negócios. Esta é uma decisão importante e nós esperamos gerar oportunidade de negócios quer importação ou exportação”, frisou o dirigente da Fiems.

De acordo com o secretário de Estado de Produção, Jaime Verruck o encontro representa um novo mercado. “Falamos muito de China mas o que vemos hoje com os países do Sudoeste Asiático é que temos potencial tão grande quanto o chinês. Isso só vai ocorrer se a Rota for competitiva e isso foi mostrado hoje”, frisou.

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