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Comportamento

Aos 17 anos, Pedro já conquistou sete medalhas em olimpíadas científicas

Com sete medalhas e até moção honrosa, adolescente colhe frutos das horas que reserva para focar nos estudos

Por Clayton Neves | 28/06/2025 07:30
Aos 17 anos, Pedro já conquistou sete medalhas em olimpíadas científicas
Pedro exibe medalhas ao lado dos pais, Flaviana e Aderli. (Foto: Arquivo Pessoal)

Com apenas 17 anos, o estudante Pedro Lucas já coleciona diversas vitórias no currículo. Todas, resultado das horas que escolheu deixar o celular de lado para mergulhar de cabeça nos estudos. Com sete medalhas em olimpíadas de Matemática, Física e Astronomia, além de uma menção honrosa pela habilidade com os números, o adolescente já tem planos ousados para o futuro, e tudo isso com uma tranquilidade que impressiona.

A primeira medalha veio no sexto ano do Ensino Fundamental, um bronze nas Olimpíadas de Matemática. No ano seguinte o pódio se repetiu e ele levou outro bronze para casa.

No oitavo ano, a prova não foi aplicada por conta da pandemia, e quando chegou o último ano do Ensino Fundamental, a escola onde Pedro estudava não estava inscrita para participar das olimpíadas.

Já no Ensino Médio, só deu ele. Pedro ganhou duas medalhas de ouro na OBA (Olimpíada Brasileira de Astronomia), foi campeão na etapa regional OBFEP (Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas), repetiu a dose na etapa nacional e ainda levou a prata na Olimpíada Brasileira de Matemática. Para completar o ciclo de conquistas, recebeu uma moção honrosa da Olimpíada de Física.

Aos 17 anos, Pedro já conquistou sete medalhas em olimpíadas científicas
Pedro recebeu da mãe uma das medalhas que ganhou nas Olimpíadas de Matemática. (Foto: Arquivo Pessoal)

Com tantos títulos no currículo, Pedro lembra de quando começou a se aproximar dos estudos, ainda no ensino fundamental. Segundo ele, os pais sempre estiveram presentes no processo. "No início do meu ensino fundamental, eu estudava mais por conta da motivação dos meus pais, que me falavam para continuar estudando e me ajudavam nisso", conta.

Mas foi no sexto ano que a história mudou de patamar. "Foi quando comecei a me interessar mais pelos estudos e ganhei minha primeira medalha de bronze na Olimpíada de Matemática", relembra.

Daí em diante, o menino que já tinha facilidade para a matemática, se envolveu ainda mais no universo das exatas. "Eu via que tinha mais facilidade em comparação com outras matérias", afirma.

Aos 17 anos, Pedro já conquistou sete medalhas em olimpíadas científicas
Estudante ao lado dos pais na formatura do Ensino Fundamental. (Foto: Arquivo Pessoal)

Participando do PIC (Programa de Iniciação Científica), Pedro passou a se aprofundar em problemas complexos e a frequentar encontros e clubes no Instituto Federal de Campo Grande. Hoje, estudar já faz parte da rotina, assim como a participação em grupos e reuniões que discutem tópicos de graduação.

Além das medalhas, ele também é monitor de Física no próprio Instituto. "Ele já tem autonomia, tanto que ajuda outros alunos", conta orgulhoso o pai, Aderli Francisco de Sá.

A mãe, Flaviana Miranda da Silva de Sá, acompanha cada passo com o coração carregado de orgulho do foco e desempenho do filho. "O Pedro sempre foi muito autodidata, curioso. A gente nunca precisou ficar brigando pra ele estudar", lembra.

Segundo ela, em casa a importância dos estudos sempre esteve em pauta, mas de forma leve, com incentivo e sem pressões. "A gente sempre ensinou ele a chegar da escola, fazer a tarefa do dia e revisar tudo. Assim, nos dias de prova, era só revisar, sem se sobrecarregar", explica Flaviana.

Para ela, o maior orgulho é perceber que o filho carrega o valor da educação como herança. "A educação é a maior herança que os pais podem deixar para os filhos. Ninguém tira isso da gente", afirma.

Aos 17 anos, Pedro já conquistou sete medalhas em olimpíadas científicas

O pai, Aderli, reforça que Pedro sempre teve facilidade na área de exatas, mas que o diferencial foi o incentivo para que ele tivesse autonomia. "Hoje ele não precisa mais de auxílio para estudar. Um tempo atrás ele pediu um quarto só para isso e nós compramos mesa, estante, impressora, tudo que ele precisava", conta.

Atualmente, Pedro faz curso técnico de mecânica no Instituto Federal, no entanto, já tem planejado o futuro. “Penso em fazer engenharia mecânica ou física. A engenharia mecânica talvez em Campinas ou no IME (Instituto Militar de Engenharia)", revela.

Questionado sobre o que diria a outros jovens que, assim como ele, têm o suporte da família, Pedro deixa o recado. "Sempre buscar aprender e ir atrás de conhecimento. Seja por vídeo no YouTube ou procurando livros. É importante sempre agregar", aconselha.

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