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Comportamento

Aos 5 anos, menina já se "encarrega" de comprar o presente de Natal com cofrinho

Graziela Rezende | 29/11/2013 06:51
Mãe, filha e o cofrinho que já faz parte da família. Foto: Cleber Gellio
Mãe, filha e o cofrinho que já faz parte da família. Foto: Cleber Gellio

Enquanto muitos pais planejam comprar o presente de Natal dos filhos, aos 5 anos Manuela Grossi já se “encarrega” de escolher e comprar o que quiser, graças à educação financeira que recebe em casa e um cofrinho da galinha pintadinha, abarrotado de moedas. Além dela, a irmã de 11 anos fará o mesmo, utilizando as economias para comprar novos livros.

“Antes, nos passeios ao shopping, ela pedia tudo o que via na frente. Algumas vezes comprava, mas percebia que ela jamais iria valorizar tudo o que ganhava. Queria que ela tivesse o gosto da conquista e o cofrinho foi a melhor saída. A ideia partiu da diretora da escola dela, há 1 ano, e já estou colhendo os resultados”, afirma a servidora pública estadual, Christiane Grossi, 43 anos.

A primeira compra ocorreu há alguns meses, de uma bicicleta. “Nós levamos o cofrinho e ela deu todas as moedas. Da primeira vez, pensei que tinha de completar a diferença. Agora, é algo espontâneo, toda vez que compro um pão ou pago contas, colocamos no cofre as moedas”, comenta a mãe.

Manoela economiza as moedas há um ano. Foto: Cleber Gellio
Manoela economiza as moedas há um ano. Foto: Cleber Gellio

Sobre a próxima compra, com um sorriso de quem, em breve, irá contar centenas de moedas, Manoela anuncia: “Vou comprar a boneca voadora, meu presente de Natal”. Os brinquedos antigos, como a bicicleta e outros, já foram doados na feira da escola, instituições de caridade e amigos próximos.

Consumo consciente - Christiane lembra que o aprendizado não deve ocorrer só dentro de casa, apenas com pais e irmãos, mas repassado para toda a família. “A maioria dos meus familiares mora em Goiânia e sempre estamos indo lá, então conversei com o pai dela, além da minha mãe e irmã, para frear nos presentes. Não quero associar o pagamento ao bom comportamento, que é algo independente, mas sim do esforço”, diz.

Outra lição na educação das filhas, de acordo com Christiane, é dizer não ao consumismo. “A maioria das crianças já fala em marcas, principalmente por conta das propagandas e da influência dos amigos. Mas, desde que trouxe essa educação mais consciente, minha filha brinca da mesma maneira com massinhas, canetinhas, uma Barbie e os brinquedos que ela faz na escola. São lições que ela levará para a vida toda”, argumenta.

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