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Família recomeçou 3 vezes e fez tudo dar certo com os últimos R$ 300

Todos da família tem nome que começa com a letra “A” e juntos decidiram dar o 1ª passo mais uma vez

Por Aletheya Alves | 03/10/2023 07:45
Família ficou conhecida no bairro pela letra "A" e persistência. (Foto: Juliano Almeida)
Família ficou conhecida no bairro pela letra "A" e persistência. (Foto: Juliano Almeida)

Há 13 anos, quando estava desempregado, Anderson Miguel decidiu usar os R$ 300 que tinha para tentar a sorte vendendo espetinho na calçada, precisando fugir de chuva indo até para ponto de ônibus, o negócio deu certo graças à vontade da família “4A” que, depois de recomeçar três vezes, ficou conhecida pela persistência e curiosidade dos nomes.

Juntos desde 2006, Anderson e Andirlene Villagio de Albuquerque resolveram levar a coincidência dos nomes começando com a letra “A” para o negócio da família. Isso porque além deles, os dois filhos também têm a primeira letra do alfabeto no nome, sendo Amanda a mais velha e Andrey o mais novo.

E, assim como o nome do espeto privilegia a família, Anderson conta que tudo só deu certo pela força construída em conjunto. “A gente trabalhar junto é o que dá a força, minha família é o alicerce mesmo”, resume.

Hoje, espetos são produzidos em espaço próprio da família. (Foto: Juliano Almeida)
Hoje, espetos são produzidos em espaço próprio da família. (Foto: Juliano Almeida)

Hoje, o espeto possui espaço próprio, mas só realmente deu certo depois de muito tombo. Voltando para 2010, o proprietário comenta que deu início ao negócio justamente pela vida não ter sido fácil.

“Nós começamos carregando a churrasqueira e as mesas para a esquina da escola aqui do bairro, no Parque do Sol. A gente ficava na calçada e quando chovia, a gente ia correndo vender embaixo do ponto de ônibus. Insistimos e ficamos um tempo assim”, narra Anderson.

Com o espetinho dando certo, a família conseguiu alugar um espaço próprio, mas as vendas caíram e foi necessário fechar. “Eu voltou a trabalhar com frigorífico, que era o que eu trabalhava antes, mas minha esposa continuou com vontade”.

Na época, Anderson já tinha aceitado que não iria mais voltar com o negócio, mas Andirlene insistiu. “Não tinha como alugar de novo, então a gente foi para a casa da minha sogra porque lá tinha um espaço abrindo o portão da garagem”.

Tentando pela segunda vez, ele conta que as vendas foram aumentando e a garagem começou a ficar pequena. O problema é que a pandemia chegou e, com ela, a dificuldade voltou.

Anderson explica que precisaram recomeçar mais uma vez e, novamente, o pensamento era de que talvez fosse o momento de encerrar o ciclo. “A sorte é que as pessoas continuaram procurando a gente, então tentamos de novo. Foi assim que a gente conseguiu o espaço que temos agora”.

Trabalho é sempre feito em conjunto, como Anderson conta. (Foto: Juliano Almeida)
Trabalho é sempre feito em conjunto, como Anderson conta. (Foto: Juliano Almeida)

Depois de atender na rua de terra em que a sogra morava e precisar lidar novamente com as dificuldades, o espetinho realmente foi para frente. “Já pensamos em sair do bairro, em fechar, mas a gente quis continuar porque aqui falta lugar mais familiar, sem barulho de som alto, por exemplo”.

Com isso em mente e levando em conta toda a persistência da família, Anderson garante que foi assim que deu certo. Atualmente, o negócio possui uma variedade de espetos individuais e “jantinha”.

“Nós temos carne de boi, linguiça, frango, medalhão, espeto suíno, kafta. Aí temos também a jantinha com arroz, vinagrete, farofa com calabresa, mandioca e creme de alho. Todos os dias, o cardápio muda, então isso é legal também”, explica o proprietário.

No local, os espetos custam a partir de R$ 6 e a janta sai por R$ 20. Localizado na Rua Evelina Selingardi, 807, Parque do Sol, o atendimento é de quarta-feira até segunda, sempre das 17h às 23h30min.

Confira a galeria de imagens:

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