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Meio Ambiente

Capital encara “nevoeiro de radiação” e deve ter geada, diz meteorologia

Fenômeno que fez prédios “sumirem” é comum no inverno, segundo Natálio Abrão; CPTEC alerta para geadas em porção sudoeste de MS

Humberto Marques | 04/07/2019 16:20
Neblina que cobre Campo Grande é resultado do choque entre temperaturas do solo e do ar. (Foto: Mariângela Yule/Direto das Ruas)
Neblina que cobre Campo Grande é resultado do choque entre temperaturas do solo e do ar. (Foto: Mariângela Yule/Direto das Ruas)

A neblina que fez prédios de Campo Grande “desaparecerem” na tarde desta quinta-feira (4) é resultado do choque entre a temperatura mais quente do solo com a mais fria do ar, em situações de umidade relativa do ar elevada. O meteorologista Natálio Abrão explica que o fenômeno é normal no inverno e deve se repetir nesta sexta (5). Já no sábado (6), dados climatológicos colocam a Capital entre as cidades que devem enfrentar geadas.

“É chamado de nevoeiro de radiação, sendo normal durante as manhãs. Mas este vai a noite toda até amanhã”, explicou. Em virtude da alta nebulosidade, o Aeroporto Internacional de Campo Grande foi fechado. Nas ruas, a visibilidade reduziu consideravelmente, com edifícios encobertos pela névoa úmida.

A neblina é resultado da chegada da frente fria que, na quarta-feira (3), trouxe ventos e chuvas ao Estado, a partir da região sul. Seus efeitos devem começar a se dissipar nesta sexta, com a aproximação de uma massa de ar polar, que vai derrubar as temperaturas. Pela manhã, o tempo deve permanecer nublado e com nevoeiro.

Natálio Abrão afirma que os dados do CPTEC indicam mínimas de 12 ºC em Campo Grande, 8 ºC em Dourados, 6 ºC em Ponta Porã e 5 ºC em Amambai na manhã de sexta-feira. A manhã deve ser chuvosa e o céu fica nublado á tarde e à noite –cenário esperado, também, para as regiões centro-norte (Jaraguari a Sonora), leste (Cassilândia a Taquarussu) e Pantanal (Aquidauana, Corumbá e Porto Murtinho). No sul e sudoeste (Grande Dourados e fronteira paraguaia), o dia segue entre claro e parcialmente nublado.

Desde a noite de quarta, todo o Estado está sob alerta do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) sobre queda brusca nas temperaturas, ficando mais de 5 graus abaixo do previsto para o período. O aviso vale até segunda-feira (8).

Mapa do CPTEC aponta, em vermelho, locais com condições favoráveis à formação de geada em 6 de julho; em verde, possibilidade mínima e, em azu, sem risco. (Foto: CPTEC)
Mapa do CPTEC aponta, em vermelho, locais com condições favoráveis à formação de geada em 6 de julho; em verde, possibilidade mínima e, em azu, sem risco. (Foto: CPTEC)

Massa de ar polar – A frente fria deu início à queda nas temperaturas, que vão se intensificar com a chegada da massa polar. O tempo úmido, porém, dará lugar à baixos índices de umidade relativa do ar a partir do sul e sudoeste do Estado ao longo desta sexta.

No sábado, a previsão é de madrugada e noite muita fria, por conta do ar seco, que acentua a amplitude térmica (variação entre temperaturas mínima e máxima).

Devem ocorrer geadas na faixa sul e sudoeste e em parte do centro do Estado –na imagem ao lado, os pontos vermelhos são locais onde o CPTEC adverte sobre a ocorrência do fenômeno que, reiterou Natálio Abrão, atingirá cidades como a periferia de Campo Grande, Amambai, Aral Moreira, Bonito, Maracaju, Mundo Novo, Naviraí, Nioaque, Paranhos, Ponta Porã, Porto Murtinho e Sidrolândia.

As temperaturas ficam próximas a 4 ºC na Capital e próximas a 0 ºC, ou mesmo negativas, no sul. À tarde, o tempo estará seco. Também pode ocorrer geada entre fraca e moderada no domingo na região sul, e de menor intensidade nos arredores de Campo Grande, onde pode fazer 3 ºC.

A partir de segunda-feira as temperaturas devem subir gradativamente.

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