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Política

Criação de CPI sobre máfia do câncer fracassa sem aval do líder do prefeito

Aline dos Santos e Jéssica Benitez | 26/03/2013 12:55

Pela falta de uma assinatura, naufragou na Câmara Municipal a criação de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar a atuação da máfia do câncer em Campo Grande. O requerimento pedindo a instalação da comissão precisava de dez assinaturas para ser analisado. Mas, foram obtidas apenas nove.

O placar seria diferente se o vereador Marcos Alex (PT), líder do prefeito, tivesse se juntado aos aliados de Alcides Bernal (PP) e apoiado a proposta. O prefeito defendia a CPI. O requerimento foi assinado por Luiza Ribeiro (PPS), Zeca do PT; Ayrton Araújo (PT), Professora Rose Modesto (PSDB); Derly Oliveira (PP), o Cazuza; Waldecy Chocolate(PP), Eduardo Romero (PTdoB); Gilmar da Cruz (PRB) e Paulo Pedra (PDT). Sem a CPI, os vereadores fizeram acordo para que a Comissão Permanente de Saúde acompanhe o caso.

Defensora da criação de uma comissão de inquérito, Luiza Ribeiro afirma que o resultado de hoje não foi uma derrota. A vereadora garante que a Comissão de Saúde vai solicitar informações e pode, posteriormente, fazer uma nova proposta de CPI, caso a medida adotada hoje não seja eficiente.

A comissão vai encaminhar ofícios para o Ministério Público, PF (Polícia Federal) e CGU (Controladoria-Geral da União). Todos participaram da operação Sangue frio, que investiga médicos e hospitais por contratos suspeitos, superfaturamento, corrupção, formação de quadrilha.

Confusão - Tumultuada, a sessão desta terça-feira foi suspensa por duas vezes. Na primeira, os vereadores deixaram o plenário para se reunirem com os diretores do Hospital do Câncer, que foram à Câmara. Da segunda vez, o presidente da Casa de Leis, Mario Cesar (PMDB) suspendeu a sessão por causa de vaias e xingamentos vindos da plateia.

O público cantou o Hino Nacional de mãos dadas, gritou que queria CPI e chamou os vereadores de ladrões. Pela Câmara, os rumores eram de que a plateia era formada por militantes petistas, que foram ao local apoiar a CPI defendida por Zeca do PT. O vereador afirmou que a manifestação do publico é livre.

Figurativo – Também foi questionado o parentesco do presidente da Comissão de Saúde, Paulo Siufi (PMDB), com o diretor afastado do Hospital do Câncer, Adalberto Abrão Siufi. Conforme o vereador, eles são primos em segundo grau. A questão foi resolvida por Airton Saraiva. “Presidente só tem figuração”, afirmou. O relator da comissão será Elizeu Dionísio (PSL).

A comissão será composta pelos vereadores Zeca do PT, Luiza Ribeiro, Gilmar, João Rocha (PSDB), Paulo Siufi, Elizeu Dionízio e Jamal Salem (PR) .

Do contra – Marcos Alex reafirmou hoje que a CPI poderá reduzir as doações para o Hospital do Câncer e que a investigação já foi feira pela PF e órgãos de fiscalização. "Também sou contra a CPI da Saúde. É muito abrangente, vai ser a CPI do fim do mundo", definiu.

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