ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 29º

Política

Harfouche quer impedir juiz de avaliar sua candidatura à prefeito

Candidato diz que magistrado tem “inimizade pública” contra ele e atritos no âmbito pessoal

Leonardo Rocha | 11/10/2020 12:37
Candidato a prefeito, Sérgio Harfouche (Avante), durante evento de campanha (Foto: Reprodução - Facebook)
Candidato a prefeito, Sérgio Harfouche (Avante), durante evento de campanha (Foto: Reprodução - Facebook)

O procurador de Justiça e candidato a prefeito, Sérgio Harfouche (Avante), entrou com uma ação  para impedir que avaliação do registro da sua candidatura fique nas mãos do juiz eleitoral Roberto Ferreira Filho. Ele alega que o magistrado tem “inimizade pública” contra ele, com diversos atritos no âmbito “pessoal e profissional”.

Roberto Ferreira foi o escolhido para julgar o registro da sua candidatura, por isso Harfouche pediu que haja a sua “suspeição”, para que ele seja declarado “impedido” ou “suspeito” de avaliar o processo.

O candidato diz que esta “inimizade pública” com o magistrado, pode “macular sua imparcialidade”. Ele cita entrevistas que o juiz concedeu para imprensa, contestando o seu projeto chamado Proceve (Programa de Conciliação para Prevenir a Evasão e a Violência Escolar), conhecido por “punições a alunos” no ambiente escolar.

Ainda lembra das críticas do magistrado contra uma palestra que realizou em Dourados, no ano de 2017, quando Harfouche convocou os pais a comparecerem ao evento, citando eventuais multas e até crime de “abandono intelectual”.

Sobre o projeto, Roberto Ferreira declarou na época que vários pontos eram “inconstitucionais” e que punições a estudantes só podem ser definidas por juiz da Infância e Adolescência e que todas as regras já estão prevista no ECA (Estatuto da Criança e Adolescente).

O juiz também falou que a palestra de Harfouche em Dourados, foi uma “convocação ilegal”, já que o não comparecimento ao evento não poderia gerar multa aos pais e sequer entrar como crime de “abandono intelectual”. Ainda foi contra o uso do evento para “pregação religiosa”, lembrando que o Estado é laico.

Registro – A candidatura de Harfouche já teve dois pedidos de impugnação por parte dos adversários, que alegam que o procurador deveria ter se exonerado em “definitivo” das funções do Ministério Público e não apenas pedido “licença” do cargo.

Já Harfouche justifica que começou sua carreira no Ministério Público 12 anos antes da Emenda Constitucional, que impede a candidatura de membros da entidade nas eleições. Ele ainda lembra que em 2018, conseguiu ser candidato ao Senado, tendo aval da Justiça Eleitoral.

Nos siga no Google Notícias