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Política

Senado aprova projeto que cria regras digitais para proteger crianças

Texto segue para sanção e prevê punições, controle parental e combate à adultização

Por Gustavo Bonotto | 27/08/2025 20:02
Senado aprova projeto que cria regras digitais para proteger crianças
Votação do projeto de lei foi simbólica, no plenário do Senado Federal. (Foto: Carlos Moura/Agência Senado)

Senado Federal aprovou, no início da noite desta quarta-feira (27), o texto que estabelece regras para proteger crianças e adolescentes em ambientes digitais. O texto aprovado de forma simbólica, sem votação nominal, segue agora para sanção presidencial.

RESUMO

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Senado aprova regulamentação para proteger crianças e adolescentes no ambiente digital. Projeto segue para sanção presidencial após aprovação simbólica.O PL 2.628/2022, apelidado de "ECA Digital", estabelece regras para plataformas digitais, visando combater a adultização precoce, o abuso e a exploração infantil. A lei prevê a obrigatoriedade de ferramentas de controle parental, verificação de idade e remoção imediata de conteúdo ilegal. Multas para empresas que descumprirem as normas podem chegar a 10% do faturamento, além de outras sanções. Plataformas deverão oferecer supervisão parental com alto nível de proteção, restringindo interações com estranhos e limitando recursos que incentivam o uso excessivo. Publicidade direcionada e exploração de dados de menores também serão proibidas.

A proposta do PL (Projeto de Lei) 2.628/2022 prevê medidas de segurança para combater a adultização nas redes sociais, obriga plataformas a adotar ferramentas de controle parental e determina verificação de idade dos usuários.

O projeto cria o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) Digital e determina a remoção imediata de conteúdos ligados a abuso ou exploração infantil, com notificação às autoridades competentes. A medida também proíbe caixas de recompensas em jogos eletrônicos para menores, por risco de indução a comportamentos compulsivos.

Empresas que descumprirem a lei poderão sofrer multas de até 10% do faturamento ou R$ 50 milhões por infração, além de advertência, suspensão ou proibição de atividades.

As plataformas deverão garantir supervisão parental com nível máximo de proteção, incluindo bloqueio de comunicação com adultos não autorizados, restrição de geolocalização e limitação de recursos que incentivem uso excessivo. Também será proibido direcionar publicidade ou usar dados para explorar emocionalmente crianças e adolescentes.

A fiscalização caberá a uma autoridade nacional autônoma, responsável por monitorar e aplicar sanções.

A proposta foi relatada pelo senador Flávio Arns (PSB-PR), que reincluiu pontos retirados na Câmara, e teve votação simbólica em plenário. Durante a sessão, o senador Alessandro Vieira presidiu simbolicamente os trabalhos, em gesto de reconhecimento do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

A maioria dos parlamentares apoiou a medida, enquanto alguns alertaram para o risco de regulação excessiva das redes sociais.

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