Para combater intoxicações por metanol, Anvisa libera produção de etanol
Medida temporária autoriza indústria nacional a fabricar antídoto usado em casos de contaminação

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou nesta sexta-feira (3) a Resolução nº 994/25, que autoriza de forma temporária e emergencial a fabricação de etanol farmacêutico injetável no Brasil. O produto é usado como antídoto em casos de intoxicação por metanol, substância altamente tóxica que já provocou mortes e diversas notificações no país.
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A Anvisa autorizou temporariamente a fabricação de etanol farmacêutico injetável no Brasil, através da Resolução nº 994/25. A medida emergencial visa combater intoxicações por metanol, que já causaram mortes e diversas notificações no país. O Brasil registra 113 casos suspeitos de intoxicação por metanol, com 11 confirmados e 12 óbitos em investigação. Em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, um jovem de 21 anos faleceu após apresentar sintomas. A produção do antídoto será permitida apenas para empresas brasileiras que atendam aos requisitos sanitários, com validade de 120 dias.
Pelas novas regras, apenas empresas brasileiras que atendam aos requisitos sanitários poderão fabricar o medicamento. A validade máxima será de 120 dias, e a produção deverá seguir critérios técnicos de qualidade para uso humano.
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A medida ocorre no momento em que o Brasil contabiliza 113 casos suspeitos de intoxicação por metanol, segundo o Ministério da Saúde, sendo 11 confirmados e 12 mortes em investigação. A maior parte das ocorrências está em São Paulo, mas Mato Grosso do Sul também registrou um caso suspeito, em Campo Grande.
No Estado, o jovem Matheus Santana Falcão, de 21 anos, morreu após apresentar sintomas de intoxicação. Ele chegou a ser atendido em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mas o quadro se agravou rapidamente, resultando em parada cardiorrespiratória. Amostras foram coletadas e estão em análise no Lacen (Laboratório Central).
Com o reforço na produção do etanol farmacêutico, a Anvisa pretende ampliar a capacidade de resposta do sistema de saúde diante do risco de novos casos em todo o território nacional.
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