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Capital

Emoção e dor marcam último adeus a bombeiro em enterro na Capital

Fabiano Arruda | 13/11/2011 13:18
Cortejo segue avenida Ernesto Geisel após deixar local do velório. (Foto: Fabiano Arruda)
Cortejo segue avenida Ernesto Geisel após deixar local do velório. (Foto: Fabiano Arruda)

O enterro do soldado do Corpo de Bombeiros, Paulo Sérgio da Silva, de 22 anos, morto na madrugada de ontem após troca de tiros com um policial federal numa boate em Ponta Porã, foi marcado por emoção e dor.

A mãe e a namorada do jovem eram as mais emocionadas no sepultamento, que ocorreu no cemitério Park Monte das Oliveiras, que fica na avenida Guaicurus. O toque de silencio foi executado no momento em que o caixão desceu e emocionou amigos e familiares presentes.

Durante o enterro, oficiais dos Bombeiros de Corumbá, onde Paulo servia, entregaram condecoração à mãe da vítima.

O sepultamento foi precedido por um cortejo que saiu da capela Pax Mundial, próximo ao Horto Florestal, onde ocorreu o velório, e contou com mais de 50 veículos.

No trajeto, o caixão foi levado em cima de uma viatura de combate a incêndio. Duas viaturas de socorro faziam a função de batedores no caminho e outro veículo de emergência também foi deslocado.

O cortejo percorreu a avenida Ernesto Geisel, depois Manoel da Costa Lima e rua da Divisão, no bairro Parati, até chegar ao local do enterro.

Na chegada ao cemitério, pelo menos 12 bombeiros auxiliaram na descida e transporte do caixão. Alguns militares utilizavam roupas de combate a incêndio.

Paulo Sérgio da Silva, que foi enterrado vestido com farda, concretizou o sonho de ser bombeiro ao entrar para a corporação em junho deste ano. Ele ainda estava no estágio probatório.

O tenente Kleber Barbosa conta que foi instrutor durante o curso do soldado durante seis meses. “Era um militar de boas condutas, tranquilo e gostava da instituição”, comenta.

Amigo de turma, o soldado Gabriel Lopes relata que no final de semana passado esteve junto com Paulo numa chácara. “Era um cara sorridente, alegre, o mala da turma. Foi uma fatalidade”, lamenta.

Familiares e amigos se reúnem para último adeus a soldado. (Foto: Simão Nogueira)
Familiares e amigos se reúnem para último adeus a soldado. (Foto: Simão Nogueira)
Mãe da vítima (blusa marrom) estava bastante emocionada no sepultamento.
Mãe da vítima (blusa marrom) estava bastante emocionada no sepultamento.

Morte - O soldado era lotado no 3º Grupamento de Bombeiros de Corumbá e estava de folga em Ponta Porã. O corpo foi sepultado na Capital por conta da família de Paulo residir aqui.

A troca de tiros que vitimou o bombeiro ocorreu numa boate de Ponta Porã. Dois policiais federais foram ao local atrás de um traficante que estaria por lá. Porém, durante a investigação, um dos policiais, Carlos Roberto Statquevios, acabou se desentedendo com a vítima, que não estava de serviço.

Durante a discussão, o bombeiro teria ameaçado o policial de morte. Em seguida, foi até o carro pegou uma pistola calibre 765 e efetuou quatro disparos para o alto. O policial ainda o advertiu dizendo que também estava armado.

Mesmo com o alerta, o bombeiro efetuou mais disparos contra o policial, que reagiu e acertou um tiro no abdômen da vítima.

A Polícia Federal ouviu quatro testemunhas pela manhã de sábado e aguarda laudos da Polícia Civil para esclarecer as circunstâncias da morte do soldado.

As declarações das testemunhas e os laudos elaborados pela Polícia Civil, que fez perícia no local, irão ajudar a esclarecer as circunstâncias da confusão.

Além do inquérito policial, foi aberto procedimento disciplinar.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros, como Paulo estava de folga, não há um procedimento legal para investigar o caso.

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