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Capital

Hemosul precisa de sangue, mas fica em alerta com “rolezinhos do bem”

Lidiane Kober | 23/01/2014 18:44
Letícia se sensibilizou com histórias de quem precisa de ajuda e foi ao Hemosul doar sangue (Fotos: Marcos Ermínio)
Letícia se sensibilizou com histórias de quem precisa de ajuda e foi ao Hemosul doar sangue (Fotos: Marcos Ermínio)

Após sufoco no início do ano, o Hemosul não dispensa doações, mas teme reflexos dos “rolezinhos do bem”, programados para iniciar a partir deste sábado (25), em Campo Grande. Sensibilizados com a falta de sangue, internautas se inspiraram nos “rolezinhos nos shoppings” e programam, via rede social, ações para atrair novos doadores. O Hemosul aprova a iniciativa, mas pede organização para evitar tumulto e perder apoiadores.

“Esses movimentos podem ser um problema, como estão sendo nos shoppings por todo o país. Mesmo tendo boa intenção, se aparecerem muitas pessoas aqui na porta, além de não conseguirem doar, isto poderá gerar um grande tumulto”, alertou a assessoria de imprensa.

Por enquanto, duas ações estão sendo programadas. O pioneiro, nominado de “Rolezinho da Vida”, pretende levar doadores ao órgão do dia 15 de fevereiro até primeiro de março. Já o “Rolezinho do Hemosul” marcou o dia da solidariedade para este sábado (25).

“Não queremos perder nenhum doador, mas nosso apelo é para a campanha ser organizada, porque não queremos causar nenhum desconforto às pessoas”, frisou a gerente técnica da Hemorrede, Marina Sawada Torres. Segundo ela, o Hemosul tem capacidade para receber até 150 doações por dia. “No sábado, como o expediente é reduzido, podemos atender no máximo 120”, emendou.

Neste sentido, o órgão apela para os organizadores dos “rolezinhos do bem” encaminharem listas dos colaboradores para agendar as doações. “Assim ninguém perde tempo”, destacou Marina. Ela informou que, sem fila, o procedimento demora em torno de 40 minutos. “Se acumular pessoas, a espera pode chegar a mais de duas horas e corremos o risco de gente sair sem doar e insatisfeita”, completou.

Neste sábado, o Hemosul planeja reservar 80 vagas para o “rolezinho”. As outras 40 seriam para o público em geral. “Sempre vale ressaltar que um doador salva quatro vidas”, frisou Marina, explicando que, o órgão separa quatro partículas do sangue que podem ser doadas, como plaquetas e o próprio líquido.

De acordo com a gerente técnica, para abastecer todo o Estado, o Hemosul precisa de pelos menos 120 doações diárias. No início do ano, os estoques chegaram a zerar e a sociedade, via rede social, fez campanha e conseguiu atrair colaboradores. “Em três dias, 600 pessoas contribuíram”, ressaltou Marina.

A estudante Letícia Pereira Damião, 17 anos, ficou sabendo da dificuldade e decidiu fazer a sua parte. “Vi a história de uma criança, que precisava de sangue, imaginei meu irmão, de 6 anos, nesta situação, e resolvi contribuir”, contou. Na maca da doação, nesta quinta-feira (23,), ela estava sorridente e destacou que o procedimento “é tranquilo”.

Importante - Para doar sangue é preciso ter entre 16 e 69 anos e menores de idade precisam estar acompanhados dos responsáveis ou apresentar declaração autorizativa, reconhecida em cartório. Para primeira doação estão aptas pessoas de até 60 anos. Até os 69 é para quem já doa.

É preciso pesar no mínimo 55 kg, estar com boa saúde, portar um documento oficial com foto, estar bem alimentado e não ter bebido nas últimas 12 horas. Se abusou do álcool é necessário esperar 48 horas antes de doar.

Marina apela por organização dos "rolezinhos" para evitar tumulto e gente insatisfeita
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Plaquetas têm validade de cinco dias, mais um motivo da necessidade de no mínimo 120 doações diárias
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