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Capital

Conflito entre Irã e Israel não altera agenda de protestos pró-Palestina em MS

Protesto acontece neste domingo (15), na Praça Ary Coelho, e pede rompimento de relações do Brasil com Israel

Por Mylena Fraiha | 14/06/2025 14:55
Conflito entre Irã e Israel não altera agenda de protestos pró-Palestina em MS
Manifestantes pró-Palestina em ato passado realizado na Praça Ary Coelho (Foto: Reprodução/Revista Badaró).

A escalada dos conflitos entre Israel e Irã ocupa a atenção do mundo e dos noticiários, mas os atos em solidariedade ao povo palestino seguem na agenda de várias capitais do Brasil, incluindo Campo Grande, Dourados, Corumbá e Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul. Na Capital, o protesto será neste domingo (15), às 9h, na Praça Ary Coelho, na região central.

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Manifestações pró-Palestina serão realizadas em Mato Grosso do Sul neste domingo, com foco em Campo Grande, na Praça Ary Coelho. O objetivo é denunciar o que os organizadores chamam de "genocídio" na Faixa de Gaza, incluindo bombardeios a áreas civis, hospitais e o bloqueio de ajuda humanitária. O protesto ocorre em meio à escalada do conflito entre Israel e Irã, mas mantém o foco na situação palestina. Os manifestantes pedem o rompimento das relações diplomáticas e econômicas do Brasil com Israel, a denúncia das mortes e da fome em Gaza e a libertação de ativistas presos por Israel. O comitê organizador, formado por palestinos residentes no estado e movimentos sociais, busca desmistificar a imagem do povo palestino e conscientizar a população sobre a crise humanitária. Atos também estão programados para Dourados, Corumbá e Três Lagoas, com locais a serem divulgados nas redes sociais do comitê.

De acordo com Sondos Dhaher, de 21 anos, uma das lideranças do Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino em MS, o ato visa denunciar o genocídio em curso na Faixa de Gaza. “Não devemos parar de falar sobre o que está acontecendo na Palestina”, afirma. Manifestações semelhantes estão previstas em outras capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

“O que a gente tá vendo em Gaza é um processo de limpeza étnica. Porque quem Israel tá bombardeando não são militantes, não são bases militares. Israel tá bombardeando áreas civis, está atingindo hospitais. Eles estão fechando os caminhos para entrada de comida e ajuda humanitária. Eles usam a fome como arma de guerra. A gente tem que falar sobre isso”, completa Sondos.

A líder do comitê também comenta que, apesar de o recente conflito entre Israel e Irã ser grave e representar risco inclusive para os próprios palestinos, o foco do protesto permanece a denúncia do cerco e das violações em Gaza. A escalada começou na última quinta-feira (12), quando Israel atacou dezenas de alvos no Irã. O país respondeu lançando cerca de 200 mísseis balísticos contra Tel Aviv.

Entre as pautas do protesto estão o pedido de rompimento das relações diplomáticas e econômicas do Brasil com Israel, a denúncia das mortes e da fome em Gaza e a reivindicação pela libertação de três ativistas presos por Israel em águas internacionais. Eles estavam no navio humanitário Madleen, que levava ajuda à Faixa de Gaza.

Sondos também destaca que os crimes cometidos por Israel são denunciados há anos em instâncias internacionais. “Israel é uma potência ocupante. Comete diariamente crimes de guerra e contra a humanidade, como já foi apontado pela Anistia Internacional, pelo Human Rights Watch e até em relatórios da ONU”.

O ato em Campo Grande contará com panfletagem, faixas e cartazes. Nas demais cidades, Dourados, Corumbá e Três Lagoas, o local dos atos será divulgado nas redes sociais do Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino em MS.

Ela reforça que qualquer pessoa pode participar, independentemente de origem ou religião. “É uma causa humanitária”, aponta. “As pessoas pensam que na Palestina só existem muçulmanos, mas há várias religiões lá. O Papa Francisco, por exemplo, sempre teve relação com o padre de Gaza e sempre falou sobre a Palestina. Isso mostra que não é uma questão religiosa”, diz Sondos.

O comitê - O Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino em MS foi formado em 2023 por palestinos que vivem no Estado, junto a cerca de 20 movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos.

Atualmente, o grupo organiza atos públicos e palestras de conscientização. “A gente tem esse papel muito forte, que é desmistificar a imagem que as pessoas têm do que é ser palestino. As pessoas estão muito condicionadas à ideia de que um palestino é um terrorista. E nós não somos”, conclui Sondos.

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