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Polícia e Defensoria voltam à comunidade denunciada por tortura e cárcere

Três pessoas foram conduzidas para a delegacia, onde estão sendo ouvidas

Por Dayene Paz e Gabi Cenciarelli | 12/06/2025 15:02
Polícia e Defensoria voltam à comunidade denunciada por tortura e cárcere
Portões da comunidade Os Filhos de Maria fechados. (Foto: Marcos Maluf)

Denúncia de que as atividades na comunidade terapêutica Os Filhos de Maria, de Campo Grande, voltaram a funcionar, levou a polícia e Defensoria Pública para o local, nesta quinta-feira (12). O espaço, que chegou a acolher 80 dependentes químicos ao mesmo tempo, foi fechado após constatadas várias irregularidades e, inclusive, tortura e cárcere.

As informações são de que a comunidade mudou de nome e as atividades continuaram. Por isso, a Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) e Defensoria Pública foram ao local hoje. A reportagem ainda não conseguiu confirmar se havia pacientes, mas três pessoas foram levadas para a delegacia, onde estão sendo ouvidas.

O espaço está localizado no Bairro Chácara dos Poderes, na Capital, e foi fechado em outubro do ano passado. Lá eram atendidos tanto pacientes enviados pela rede pública quanto pessoas acolhidas mediante pagamento de mensalidade.

Entre as irregularidades encontradas no local durante inspeção, estão que o local atuava como uma comunidade terapêutica médica sem ter autorização nem estrutura física e técnica para isso; pacientes eram internados contra a própria vontade no local, mas sem as condições exigidas pela Lei Antimanicomial.

Ainda, foram constatados excessos de medicação tarja preta que deixavam pacientes dopados e não tinham receita médica eram administrados; suspeitas de agressão física, práticas de cárcere e sequestro no local. Sem falar em indícios de funcionários trabalhando em condições análogas à escravidão.

Os proprietários entraram com recurso contra o fechamento em janeiro deste ano, argumentando que o relatório da inspeção federal que motivou a interdição é "absurdo" e que os internos "em evidente abstinência, fazem afirmações falsas para que possam retornar ao uso de substâncias tóxicas".

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